segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Um Dia de Cada Vez - 01

“É tanta hipocrisia, é tanta gente vazia, é tanto assunto inútil que eu ando com preguiça de conhecer pessoas…” — Renato Russo. 

Boate "O Inferno"
' Por Selena

 Nunca me imaginei em uma situação como essa. Delegacia. Nunca entrei em uma na minha vida, só as via pelos filmes. E agora me via com algemas nos braços e meus colegas chorando ao meu lado, clamando, implorando para ir embora. A festa foi boa até começarem as confusões. O arrependimento bateu em todos, eu acredito. Aposto que, na mente de todas as pessoas ali, se passava que nunca mais pisariam em uma boate. Ainda mais uma festa realizada por Demi Lovato, com certeza. Eu sentia meus olhos marejados e minhas pernas tremerem. Naquela hora eu só tive pena de mim mesma. Porque me deixei cair na provocação de Demi e acabei vindo a essa maldita festa? Eu nunca deveria ter feito isso, foi uma coisa que surgiu em minha cabeça e não quis mais sair. Demi me dava nos nervos, mas eu não suportava quando era desafiada. Ainda mais por ela. Olhei e vi que Isabella estava sentada em algum canto, tomando alguma coisa que parecia um chá. Ela estava tossindo muito por conta da bebida excessiva, que deu a maior confusão. Ela já estava devidamente vestida após o vexame que deu no palco, e é claro, Nick estava ao lado dela, o que me deu mais vontade de ir embora.
 Logo mais, meu pai chegou. E como previsto, todos nós saímos. É claro que não estávamos presos, somos de menor. Estávamos apenas detidos, como disse o policial. Jayden Gomez tem um poder incrível. Não via a hora de tirar aqueles objetos horríveis que apertavam meus pulsos, e todos pareceram aliviados quando se viram livres daquilo. Alguns nem queriam voltar mais para casa. Aposto que os pais de todos ali já estavam sabendo de tal fato, então muitos ali estavam completamente ferrados. Eu não estava de fora, meu pai com certeza iria me dar a maior bronca. Mas melhor que isso fosse depois, porque agora minha cabeça latejava. O que mais se via em nosso meio eram pessoas bêbadas, completamente inconscientes. Fiquei enojada com tudo aquilo. Vi Logan sentado em um banco, sozinho, com uma caneca de café nas mãos, com os olhos fechados, com a cabeça encostada na parede. Eu imagino a dor de cabeça dele nesse momento. Ele bebeu demais. Afinal, os policiais deram um café forte para todos os bebuns do recinto, que não eram poucos. Parecia que Joe precisava mais do que uma caneca. O garoto estava horrível, chega me dava nojo. Se o pai dele visse isso, não iria querer nem imaginar. Deixe o Walker quieto no canto dele, era melhor para todos.
 Todos estavam agora na porta da delegacia, com as expressões cansadas. Era umas 4 da manhã, e haviam pessoas que quase dormiam em pé. Eu era uma delas com total sono. Meu pai ainda estava conversando com o delegado, e vários murmuravam ao meu lado. Meu pai havia nos salvado, eu só não queria que puxassem meu saco daqui pra frente por causa disso. Eu me abracei, de repente sentindo um pouco de frio. Até agora não me caiu a ficha do lugar onde eu estava. Do que havia acabado de acontecer. Não queria nem pensar o que estava passando na cabeça de meu pai agora. A filhinha dele, a Selena Gomez... Meu Deus, que exemplo estou dando! Indo a festas eletrizantes, fugindo do colégio, bebendo... Que lindo, Selena! Olha onde você chegou. Pois faço um voto hoje mesmo que nunca mais faço isso. Foi bom, sim. Mas abro mão disso. Não posso continuar assim, fazendo isso e depois sentindo nojo de mim mesma. Não nojo de eu ter feito algo, mas só por eu ter estado naquele estabelecimento já é um motivo para sentir nojo de mim mesma.
 Meu pai saiu da delegacia e veio até nós, sem expressão. Eu já podia escutar a bronca que ele iria nos dar. Isso não seria nada perto da bronca que ele iria me dar. Mas antes de chegar em nós, ele chegou em um dos policiais, que estava nos "vigiando" para que não fizéssemos nada enquanto ele não estivesse. É, estávamos sendo tratados desse jeito. Meu pai falou alguma coisa com ele que não pude compreender e em seguida pegou o celular, começando a falar alguma coisa alto.
 — Bom, muito obrigado, doutor. — Falou ele, desligando em seguida. — Meu advogado já está providenciando para reparar os estragos. — Falou ao policial.
 — É muita gentileza sua. — Disse o policial, estendendo as mãos ao meu pai.
 — Eu agradeço a sua atenção.
 — Não tem de quê.
 Após apertar a mão do policial, ele veio até nós, balançando a cabeça em sinal de negativo. Eu sabia que meu pai falaria umas poucas com a gente, não principalmente uma bronca. Acho que ele não tinha o direito de fazer isso e ele também entendia assim. Ele olhou para todos, parecendo avaliar. Os garotos da briga ainda estavam completamente machucados, haviam meninas com as roupas rasgadas, as maquiagens borradas, também haviam meninas machucadas por serem vítimas da confusão, pessoas que ainda estavam sendo escoradas por causa da bebedeira, mas grande parte delas já estavam bem com isso. Mas seu olhar mudou quando ele me viu. Em todo momento, achei que ia ver a grande decepção em seus olhos quando me visse. Iria ver todo o orgulho que eu dava á ele escorrer por água abaixo. Eu estremi a seu olhar. Eu parecia ser a única intacta daquele pessoal, a não ser pelo meu cabelo bagunçado. Meu vestido estava sujo por conta da confusão e por conta de todas as pessoas que esbarraram em mim. Eu suspirei, abaixando a cabeça. Não queria olhá-lo naquele momento. Seria demais.
 — Não entendo porque fizeram isso. — Começou ele, fazendo todos prestarem atenção. — Não pensaram no prestígio do colégio? No prestígio dos seus pais?
 Vi todos abaixarem a cabeça. Não era de menos, isso já estava previsto a acontecer. Não que meu exercesse tamanha autoridade assim, mas porque todos estavam envergonhados. Envergonhados por terem feito tal coisa e não pensarem 1 minuto sequer no que a fama do colégio poderia sofrer com isso. Nós todos estávamos assim e não era desculpa dizer que sentia muito. Iriam pegar pesado conosco a partir dali, e nós sabíamos muito bem.
 — Ah, cheguei!
 Todos nós olhamos e vimos nada mais quem do que Emma Brown. Agora sim eu fiquei com nojo! Era só o que nos faltava naquele momento. Já estávamos encrencados por causa de Demi, agora aparece a mãezinha dela bem no auge do campeonato para piorar as coisas. Não gosto dela, a odeio. E o pior foi ver a cara do meu pai ao ver a mesma. Pude ver o rosto dele também se encher de ódio por ver a mulher ali. Eu bufei e virei o rosto, completamente estupefata. Poderiam mandar qualquer pessoa ali naquele momento, menos essa mulherzinha. Já não gostava dela antes, depois que ela saiu no jornal com uma notícia do meu pai eu a odiei ainda mais. Queria gritar e mandá-la embora, escandalizar mesmo, mas melhor não. Já estou com problemas demais naquela noite.
 — Quer dizer que vocês fugiram da prisão de elite pra vir agitar o esqueleto um pouquinho, não foi? — Ela deu um sorrisinho. Que engraçadinha! Parecia não ver a gravidade da situação. — E ainda foram apanhados pela polícia? Que absurdo! Vocês exageraram. — Ela riu. Literalmente. Eu balancei a cabeça, completamente perplexa. Como essa mulher poderia se divertir nessa situação?
 — Parece que a senhora se diverte com isso, não é? — Falou meu pai, e notei a incredulidade na voz dele. Com certeza estava achando que Emma era problemática, mais do que já achava.
 Emma olhou para ele, com uma expressão de surpresa. Pareceu que ela não havia visto meu pai ali, ou apenas fingia. Fico com a segunda opção.
 — E o senhor ainda está aqui? — Disse, irônica. — Estão todos bem, isso não é o suficiente?
 Meu pai balançou a cabeça, ainda perplexo com as palavras e o jeito de Emma. Eu sabia que ele não a suportava também, mas quem poderia suportá-la? Ela era uma completa idiota, parecia não ter noção das coisas, e sempre brincava nas piores situações como se fosse normal. Agora entendo perfeitamente de quem a Demi puxou mesmo. Achava que ela era de outro planeta, mas mãe e filha devem ser de um planeta distante e desconhecido. Credo! Esquisitas e burras.
 — Senhora Brown, tem um minuto? — Perguntou papai, gesticulando com a sobrancelha para dentro da delegacia.
 Emma o olhou, parecendo processar a pergunta. Como era burra, meu Deus. Não posso aguentar uma pessoa assim. Eu bufei disfarçadamente, abaixando minha cabeça. Emma olhou para os alunos e alguns, apesar de fracos, não deixavam de gamar na Emma Brown. Ok, ela era uma cantora famosa e super gata, mas isso não diminui a repugnância que sentia por ela.
 — Só um minuto! — Meu pai aumentou o tom de voz, fazendo Emma o olhar novamente. — Por favor!
 Ele deu as costas, caminhando até a delegacia. Emma bufou, revirando os olhos. Eu sabia que ela também não suportava meu pai, é claro. O que me dava mais alívio.
 — Eu não demoro. — Ela sorriu para todos. — Volto logo.
 Ela correu para dentro da delegacia, parecia muito apressada. Aproveitei para sentar ao lado de Logan em um dos bancos fora da delegacia, mas ele pareceu não me notar, ainda estava de olhos fechados. Eu suspirei e também encostei minha cabeça na parede. Não via a hora de voltar pra casa.

Delegacia
' Por Emma

 Corri logo para a delecia, atrás de Jayden. Não queria ir encontrá-lo, muito pelo contrário. Queria sair de perto do próprio, mas certas coisas me impediam. Fazia tempo que eu não o via ou mesmo ficava sabendo sobre ele. As fofocas nos jornais haviam dado um tempo sobre esse assunto e agora só falavam sobre meu novo álbum. Jayden também não parecia com cara de que queria falar comigo, mas parece que se viu obrigado. É melhor eu não forçar a barra, ele pode acabar tendo um treco. Entrei e o vi encostado na parede, guardando o celular no bolso.
 — Posso saber qual é o problema? — Perguntei, querendo apressar a conversa.
 Ele bufou, me olhando com desdém. Ou talvez me olhando com seu bom e velho olhar cínico, já que era o único olhar que ele tinha. Era sempre o mesmo rosto, a mesma expressão. Como alguém pode viver assim?
 — A senhora é o problema! — Respondeu ele, aparentemente sem paciência alguma. — Como foi capaz de festejar a besteira que eles fizeram? A senhora é uma mulher adulta.
 Ele parecia incrédulo. Não me conhecia mesmo, o coitado. Até parece que não sabe do meu jeito, como eu sou. Era praticamente impossível, porque eu apoiava totalmente aqueles garotos. Eram adolescentes poxa, só queriam curtir um pouquinho, é algum pecado isso?
 — Eu até posso ser, mas meu espírito é adolescente. — Dei um sorriso vitorioso. — É o segredo da minha eterna juventude.       
 Ele me olhou como se eu realmente fosse louca. Também não é a primeira vez que ele me olha desse jeito, pois já me olhou de jeitos bem piores. Mas esse era o olhar que ele mais me lançava, parecia que eu tinha algum tipo de doença, ele odiava estar perto de mim. Também éramos de universos paralelos, não iríamos nos dar bem nunca.
 — Esses adolescentes precisam de limites! — Ele disse depois de um tempo.
 — Nós não podemos cortar as asas deles. — Comentei.
 — Ah, então vamos começar com metáforas? — Ele ergueu uma sobrancelha, impressionado. — Então eles pode— Então eles podem se queimar se chegarem muito perto do sol.
 — Não importa. — Eu ri. — Eu sempre vou estar lá por eles.
 Ele colocou as mãos na testa, balançando a cabeça. Tudo bem que ele não era lá daquelas pessoas que eram acostumadas a conversar comigo, mas ele parecia tremendamente impressionado com o que ouvia de mim. Qual é, o que eu estava falando demais? Isso que dá eu conversar eu com velhos do tipo dele, eles nunca me entendem. Como eu disse, estão velhos demais pra isso.
 — Não consigo acreditar nessas besteiras que estou ouvindo. — Murmurou ele.
 O olhei com cinismo. Foi o olhar mais perto que eu cheguei a dar comparado ao olhar que ele sempre me deu. Nunca foi com a minha cara, eu sei disso, e muito menos já foi com o meu jeito. Não gostava de como eu me portava com a sociedade e muito menos da minha carreira. Ele era um idiota, isso sim.
 — Quer saber? Isso aqui não é lugar pra você. — Apontei ao redor, onde estávamos em uma delegacia. Olhei para o lado e percebi que todos os alunos lá fora pareciam prestar atenção em nossa conversa, mesmo não nos ouvindo. Demi dava um sorrisinho fraco olhando pra mim. Sabia que ela estava torcendo pra eu dar um bom esculaxo em Jayden.
 — Eu sei que não é meu lugar. — Falou ele, como se fosse óbvio.
 — Então é melhor ir embora. Eu cuido dos garotos, ok?
 Dei um sorriso falso e saí, indo na direção dos alunos. Pude ver que ele ainda olhava pra mim, podia sentir seus olhos atrás de mim, mas não me importei. Já estava na hora de eu dar um basta nas minhas conversas com esse homem, ele não sabia de praticamente nada da minha vida e insistia em achar que eu não era capaz. Por isso não gosto de homens sérios demais, eles... São sérios demais!

Delegacia
' Por Selena G.

 Vi Emma falar mais algumas coisas com o meu pai e logo mais saiu praticamente correndo da delegacia. Já até imagino como foi essa conversa. Como essa mulher consegue tirar meu pai do sério tão rápido? Ninguém tira ele do sério assim, só tinha que ser a Emma mesmo! Ela chegou até nós, sorridente, por incrível que pareça.
 — Vamos embora porque a festa já acabou! — Falou ela. — Temos que voltar pro colégio.
 Todos abaixaram a cabeça automaticamente. Não sabíamos o que nos aguardava no colégio, mas de qualquer forma, não era o que queríamos. Todos nós já sabíamos que estávamos realmente encrencados, essa noite foi uma confusão só. Brigas, e mais outras coisas. Todos nós agora só queríamos uma cama e só acordar daqui a 2 dias... Ou até quando o diretor e nossos pais esquecessem que fizemos essa linda travessura. Ah, que ódio! Selena, até agora a ficha não caiu que você fez mesmo isso. Minhas unhas estão horríveis, meu cabelo que demorei horas para arrumá-lo está um horror e meu vestido está um lixo. Existe coisa pior. Até eu agora iria querer me jogar em qualquer canto. Preciso de um banho urgentemente. Mas na minha banheira, não naquele colégio. Mas não será possível, né? Eu sei.
 E em seguida, todos foram saindo. Todos foram seguindo atrás de Emma. É claro que ela iria levar todos eles pra casa, meu pai estava aqui. Esperei todos saírem do meu campo de visão e comecei a andar, a última de todos. Foi quando vi meu pai, que estava parado, me esperando. Meu coração foi á mil, mas fui até ele, de cabeça baixa. Preparei meus ouvidos, mas apenas recebi um abraço. Um abraço apertado e um beijo na testa. Não entendi. Então ele não brigaria comigo? Iria esperar que eu fosse amanhã pra casa? Se é que eu poderia ir, porque estava na cara que teríamos uma punição. Olhei em seus olhos e ele me lançou um meio sorriso, que logo desapareceu. Eu o abracei forte.
 — Eu te amo, pai. — Sussurrei.
 Ele hesitou e nós dois caminhamos até o carro. O dia hoje foi cheio.

Sala de aula, Highland Private
' Por Demi L.  

 No dia seguinte, acordei dolorida. Me levantei e percebi que Miley e Madison ainda dormiam, e depois percebi que eu havia um corte minúsculo na testa. Como fui perceber isso agora? Me sentei na cama e tentei reavliar tudo que havia acontecido ontem. Tudo bem, foi tenso. Foi muito tenso! Eu nem quero colocar meu pé pra fora desse quarto hoje, vou ser matada a pedradas, só pode. Eu bufei e me levantei, indo direto pro banheiro. Tomei mais um banho e coloquei uma roupa, ajeitei meus cabelos (que estavam a coisa mais horrorosa do mundo) escovei meus dentes e saí. Hoje é sexta feira, não é preciso usar uniforme. Saí do banheiro após alguns minutos e vi que Madison também havia acordado e colocado uma roupa. Eu suspirei e lhe mandei um sorrisinho de bom dia, que ela me retribuiu. Hoje nós duas não estávamos pra papo nenhum, e acredito que ninguém desse colégio iria querer conversar hoje. Mas pra quê né? Já estávamos em uma situação difícil ontem, hoje iriam terminar de me matar, eu previa isso. Mas não estava com medo. Não estava mesmo. Eu iria enfrentar aquelas pessoas com a minha cabeça erguida, como Emma Brown sempre me ensinou. Aliás, tenho que agradecê-la depois. Não me olhem com cara feia... Ás vezes eu tenho estômago pra fazer isso.
 Miley e se levantou e se trocou, e nós três fomos pra sala. Lá encontramos Selena, Joe, Aiden, Chloe, Emily, Isabella... E os demais que foram chegando. Eu entrei e não me importei com alguns olhares pra cima de mim. Todos estavam em silêncio, e os que conversavam era baixinho, quase não dava pra se entender. Me sentei no meu lugar de sempre, quase no fundão, e escorreguei na cadeira, mexendo em minhas unhas mal feitas. Aquilo me agoniava. Eu sei que tinha gente que queria gritar comigo, apontando o dedo na minha cara, dizer que tudo era minha culpa... Mas o silêncio daqueles idiotas me agoniava demais! Percebi que Isabella estava com a cabeça encostada no tampo da mesa. E não, eu tinha total certeza de que ela não estava dormindo. O que ela tinha?
 O diretor Ethan interrompeu meus pensamentos ao entrar na sala de aula, com o inspetor James. Como imaginávamos, a cara dos dois não estava das melhores. Todos nós levantamos, e preparamos os ouvidos.
 — Eu não queria que o dia terminasse sem que fosse esclarecido o lamentável episódio em que me vi envolvido. — Murmurou ele. — Pela minha dedicação, zelo e senso de responsabilidade. Em um ou alguns de vocês sabotaram a reunião da comissão, para o que aconteceu depois: a fuga! — Ele bufou. Estava aparentemente decepcionado. — Quero que saibam que o ou os responsáveis pelo ato vão ser castigados com a expulsão imediata do colégio!
 Parei de roer as unhas e encarei o diretor. Os murmúrios no quarto foram se alargando e em meio segundos todos já falavam ao mesmo tempo, discordando com as palavras do mesmo. Como assim? Expulsão? Meu coração foi á mil. Sei que já fui provocada com várias expulsões dita pelo diretor, mas naquele caso ele parecia seriamente decidido a fazer aquilo. Eu bufei, abaixando minha cabeça. Eu não sabia o que fazer naquele momento. Não sabia o que dizer. Todos da sala reclamavam com Ethan, e eu apenas fiquei calada, olhando abismada para ele e para todos da sala. Não conseguia dizer nada.
 — Acabou a consideração, garotos! — Interrompeu ele, fazendo todos se calarem. — Principalmente com os novos! — Ele deu um olhar feroz pra mim.
 Eu o encarei, perplexa.
 — Espera aí, mas porque com os novos? — Perguntei, indignada.
 — Calada! — Gritou James.
 — Porque os problemas começaram com a chegada dos novos. — Respondeu Ethan, dando um sorriso falso.
 Eu ri irônicamente. É claro que a suspeita número 1 era eu, é claro que era! Todas as coisas que aconteciam naquele colégio agora, a culpada era sempre eu. O pior que era mesmo. Se ele descobrisse ainda que eu encobria Samuel, iria avisar em todas as escolas para não aceitarem Demi Lovato em nenhum delas.
 — Principalmente com você, Demi!
 Ele gritou e eu arregalei os olhos. Apenas suspirei e me segurei para não pular em seu pescoço. Me segurei muito.
 — Eu quero o culpado. — Continuou ele. — A porta da minha sala está aberta a qualquer hora, para aqueles que quiserem apresentar pistas. E tem mais uma coisa, ninguém vai sair do colégio enquanto não achar o ou os responsáveis!
 — O que?! — Ouvi Joe gritar.
 — É melhor que eles apareçam, não é? — Ethan deu um sorriso cínico.
 Os murmúrios recomeçaram. Dessa vez eram piores, eles quase gritavam com o diretor. Mas também estávamos indgnidados. Não sei como ninguém gritou até agora e apontou para mim, dizendo que a culpa era toda minha. Esse povo deve estar com algum problema hoje.
 — Vão ficar sem o esperado fim de semana livre. Ou, como dizem vocês, sem liberar geral! — Ele deu uma risada irônica, e James deu um sorriso cínico ao seu lado.
— Com licença.
 As vozes recomeçaram e o diretor saiu da sala. Logo em seguida, James deu uma gargalhada e saiu logo em seguida. Como esses homens se divertiam com a nossa desgraça! Todos começaram a reclamar ao mesmo tempo, a sala virou uma zona, ninguém sabia fechar a boca por um minuto. Eu bufei, abaixando a cabeça. Ok, eu reconheci que aquela situação estava em minhas mãos. Se eu não fizesse nada, ninguém mais faria. Depois, bufei e subi na mesa, levantando os braços.
 - Pessoal, pessoal! - Gritei, fazendo todos olharem pra mim. - Escutem! - Me virei pra Chloe. - Escuta, não consegue fazer o seu pai relaxar?
 - Não. - Ela bufou. - Agora a pouca eu tentei falar com ele e ele quase me matou. Ele não quer nem me ver!
 Ah que legal. Que situação nos metemos, não é? Demi, dessa vez eu acho que você estrapolou um pouquinho... Mas só um pouquinho, ok? Não vou abaixar a cabeça pra esse povo, nunca. E também não pretendia começar a ficar boazinha daqui pra frente. 
 - Só nos resta uma saída! - Ouvi Joe falar.
 Me virei pra ele. Uma preocupação me tomou. Tudo bem que agora Joe estava sóbrio, e eu nem queria me lembrar da última vez que estivemos juntos. Mas agora ele me encarava de outra forma. Não foi da forma sincera daquela vez, agora a hipocrisia e a arrogância voltavam a tomar os seus olhos. Ele já não era mais aquele.
 - O que vamos fazer? - Perguntou Logan á Joe.
 - Temos que entregar a responsável! - Respondeu Joe, me encarando.
 Que hipócrita! Minha boca se escancarou. Joe me olhava com o sorriso mais cínico que eu já vi em minha vida. O sorriso mais falso e mais fingido... A raiva começou a tomar conta de mim. Eu queria bater nele naquela hora, queria mostrar meu ódio, porque naquela hora eu seria capaz de matá-lo. Cara, que idiota! Como poderia estar me culpando de tudo? Os mumúrios na sala começaram de novo, mas me surpreendi pois estavam me defendendo. Todos negavam á afirmação de Joe, menos Logan, é claro. Esse é outro que é da mesma laia cretina de Joesph. Até Selena discordou da ideia absurda que Walker acabara de dizer.
 - Joe, todos nós fomos responsáveis! - gritou Selena.
 - Não, Selena. Todos não - falou Joe. - Foi uma pessoa que teve essa ideia! Foi você, Demi!
 Ele gritou, apontando aquele dedo imundo pra mim. Eu o encarei com tanto ódio que era capaz de pular em seu pescoço, mas não queria piorar as coisas pra turma e principalmente pra mim. Todos ficaram em silêncio, apenas olhando de mim e á Joe, esperando algo. Eu não conseguia dizer nada. Joe me surpreendia a cada dia mais, cada vez mais eu via o quanto ele não valia a pena e não passava de um cretino.
 - E você aceitou participar da confusão! - falou Nick, se aproximando de Joe.
 - Vai querer brigar comigo? - Joe foi irônico.
 Nick apenas levantou uma sobrancelha. Foi o bastante para Joe avançar para ele, o dando um grande empurrão. Joe quase foi ao chão com o grande soco que Nick o deu em seguida, mas aquilo tinha que parar. Logo após o soco de Nick, a turma inteira se juntou para pará-los. Joe estava intacto, o soco não fizera nada demais com ele. O que foi bom, esses dois estavam querendo mais brigas pro nosso lado. 

Secretaria, Highland Private
' Por Ethan J.

 Saí da sala dos pestinhas, para meu alívio. Passei em frente á secretaria, onde Sophia rapidamente abriu a porta, com o telefone na mão, precendo desesperada.
 - Senhor Ethan! - Ela sussurrou. - É o senhor Gomez, já é a segunda vez que ele liga. Está furioso!
 - Não, diga que eu estou muito ocupado - eu disse apenas e segui pra minha sala. Não queria problemas com pais áquela altura.

Sala de aula, Highland Private
' Por Joe W.

 Droga! Minha vontade de dar um belo soco em Nick ainda não havia passado, mas eu juro que eu ainda iria conseguir. Passados algumas horas, nós estávamos em aula, normalmente, dessa vez com o professor John. Todos nós não havíamos esquecido das tamanhas confusões da festa, eu mesmo estava com uma dor de cabeça horrível do dia anterior, mas com algun remédios estava conseguindo suportar. O professor passeava pela sala de aula, observando todos os alunos.
 - Bom, vamos tirar alguma coisa positiva desse assunto que está revolucionando a escola nesse momento. - falou ele, de frente para a turma. - Eu acho que poderia ser um bom tema para a aula de hoje.
 Eu bufei, revirando os olhos. Sempre o achei idiota, sem mais.
 - Me diz, o que isso tem a ver com a ética? - perguntei.
 - Tem muito a ver. - ele sorriu. - Ouve um incidente, e eu quero ver como vocês reagem diante disso.
 - Em que sentido? - perguntou um garoto no fundo sala.
 - O mais importante dos sentidos. Me digam, quem assume as coisas? Quem é o responsável? O líder ou todo o grupo? Quem?
 Selena levantou as mãos, animada.
 - Você, Selena! - ele sorriu. - Fala!
 - É que eu acho que... Eu quero ir ao banheiro, posso?
 Aff! Selena conseguia ser ridícula algumas vezes, não posso negar. O professor deu um sorrisinho forçado á ela.
 - É claro, pode ir. - ela saiu. - Alguém mais quer ir ao banheiro? - ninguém se manifestou. - Então vamos continuar: quando fazemos um ato em conjunto, existe um fato não escrito sobre responsabilidade de todo o grupo.
 Eu ri.
 - E quem disse isso? - perguntei em voz alta, o olhando como se fosse patético.
 - Eu posso continuar? - ele levantou as sobrancelhas. - Se um condenar outro para se salvar, está violando um código da ética muito importante.
 Todos se olharam. Na verdade, não estavam entendendo nada.
 - Eu vou explicar de forma mais clara - continuou ele. - Ser delator é coisa de covarde!

Banheiro, Highland Private
' Por Selena G.

 O banheiro foi uma dela desculpa ao professor John. Chegando lá, olhei por todos os lados, não a vendo.
 - Isabella! - gritei. Sabia que ela estava aqui. - Isabella!
 De repente ouvi um som alto de vômito. Rapidamente, abri uma das cabines do banheiro, encontrando Isabella agachado no sanitário, parecendo jogar as tripas pra fora.
 - Isabella?!
 Meus olhos se arregalaram. Essa não...

To be continued!

Ok, está horroroso. Gente, eu juro que eu melhoro! Não está do jeito que eu sei que vocês esperavam, mas aceitem ele assim por enquanto. É que esse capítulo eu o escrevi por partes, eu escrevi um pouco em um dia, no outro dia eu continuava e por aí vai. Enfim, obrigada as que comentaram, obrigada Drika pela divulgação, foi muito importante. Aliás, pare de escrever tão perfeitamente, isso me mata D;
Enfim, talvez vou pra praia na quarta, então ainda dá pra postar o 2, quem sabe rs. Se minha inspiração for a meu favor, eu vou agradecer. Enfim, obrigada por tudo, eu amo todas que leêm e não comentam... Eu só penso para comentarem mais, ok? É só um pedido simples, qualquer escritora é movida por comentários. Ideias e sugestões pra história, principalmente pra 2º temporada estão sendo bem vindos. É só isso, milhões de beijos ;*
 Amor da minha vida!! s2

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Um Dia de Cada Vez - 01

“É tanta hipocrisia, é tanta gente vazia, é tanto assunto inútil que eu ando com preguiça de conhecer pessoas…” — Renato Russo. 

Boate "O Inferno"
' Por Selena

 Nunca me imaginei em uma situação como essa. Delegacia. Nunca entrei em uma na minha vida, só as via pelos filmes. E agora me via com algemas nos braços e meus colegas chorando ao meu lado, clamando, implorando para ir embora. A festa foi boa até começarem as confusões. O arrependimento bateu em todos, eu acredito. Aposto que, na mente de todas as pessoas ali, se passava que nunca mais pisariam em uma boate. Ainda mais uma festa realizada por Demi Lovato, com certeza. Eu sentia meus olhos marejados e minhas pernas tremerem. Naquela hora eu só tive pena de mim mesma. Porque me deixei cair na provocação de Demi e acabei vindo a essa maldita festa? Eu nunca deveria ter feito isso, foi uma coisa que surgiu em minha cabeça e não quis mais sair. Demi me dava nos nervos, mas eu não suportava quando era desafiada. Ainda mais por ela. Olhei e vi que Isabella estava sentada em algum canto, tomando alguma coisa que parecia um chá. Ela estava tossindo muito por conta da bebida excessiva, que deu a maior confusão. Ela já estava devidamente vestida após o vexame que deu no palco, e é claro, Nick estava ao lado dela, o que me deu mais vontade de ir embora.
 Logo mais, meu pai chegou. E como previsto, todos nós saímos. É claro que não estávamos presos, somos de menor. Estávamos apenas detidos, como disse o policial. Jayden Gomez tem um poder incrível. Não via a hora de tirar aqueles objetos horríveis que apertavam meus pulsos, e todos pareceram aliviados quando se viram livres daquilo. Alguns nem queriam voltar mais para casa. Aposto que os pais de todos ali já estavam sabendo de tal fato, então muitos ali estavam completamente ferrados. Eu não estava de fora, meu pai com certeza iria me dar a maior bronca. Mas melhor que isso fosse depois, porque agora minha cabeça latejava. O que mais se via em nosso meio eram pessoas bêbadas, completamente inconscientes. Fiquei enojada com tudo aquilo. Vi Logan sentado em um banco, sozinho, com uma caneca de café nas mãos, com os olhos fechados, com a cabeça encostada na parede. Eu imagino a dor de cabeça dele nesse momento. Ele bebeu demais. Afinal, os policiais deram um café forte para todos os bebuns do recinto, que não eram poucos. Parecia que Joe precisava mais do que uma caneca. O garoto estava horrível, chega me dava nojo. Se o pai dele visse isso, não iria querer nem imaginar. Deixe o Walker quieto no canto dele, era melhor para todos.
 Todos estavam agora na porta da delegacia, com as expressões cansadas. Era umas 4 da manhã, e haviam pessoas que quase dormiam em pé. Eu era uma delas com total sono. Meu pai ainda estava conversando com o delegado, e vários murmuravam ao meu lado. Meu pai havia nos salvado, eu só não queria que puxassem meu saco daqui pra frente por causa disso. Eu me abracei, de repente sentindo um pouco de frio. Até agora não me caiu a ficha do lugar onde eu estava. Do que havia acabado de acontecer. Não queria nem pensar o que estava passando na cabeça de meu pai agora. A filhinha dele, a Selena Gomez... Meu Deus, que exemplo estou dando! Indo a festas eletrizantes, fugindo do colégio, bebendo... Que lindo, Selena! Olha onde você chegou. Pois faço um voto hoje mesmo que nunca mais faço isso. Foi bom, sim. Mas abro mão disso. Não posso continuar assim, fazendo isso e depois sentindo nojo de mim mesma. Não nojo de eu ter feito algo, mas só por eu ter estado naquele estabelecimento já é um motivo para sentir nojo de mim mesma.
 Meu pai saiu da delegacia e veio até nós, sem expressão. Eu já podia escutar a bronca que ele iria nos dar. Isso não seria nada perto da bronca que ele iria me dar. Mas antes de chegar em nós, ele chegou em um dos policiais, que estava nos "vigiando" para que não fizéssemos nada enquanto ele não estivesse. É, estávamos sendo tratados desse jeito. Meu pai falou alguma coisa com ele que não pude compreender e em seguida pegou o celular, começando a falar alguma coisa alto.
 — Bom, muito obrigado, doutor. — Falou ele, desligando em seguida. — Meu advogado já está providenciando para reparar os estragos. — Falou ao policial.
 — É muita gentileza sua. — Disse o policial, estendendo as mãos ao meu pai.
 — Eu agradeço a sua atenção.
 — Não tem de quê.
 Após apertar a mão do policial, ele veio até nós, balançando a cabeça em sinal de negativo. Eu sabia que meu pai falaria umas poucas com a gente, não principalmente uma bronca. Acho que ele não tinha o direito de fazer isso e ele também entendia assim. Ele olhou para todos, parecendo avaliar. Os garotos da briga ainda estavam completamente machucados, haviam meninas com as roupas rasgadas, as maquiagens borradas, também haviam meninas machucadas por serem vítimas da confusão, pessoas que ainda estavam sendo escoradas por causa da bebedeira, mas grande parte delas já estavam bem com isso. Mas seu olhar mudou quando ele me viu. Em todo momento, achei que ia ver a grande decepção em seus olhos quando me visse. Iria ver todo o orgulho que eu dava á ele escorrer por água abaixo. Eu estremi a seu olhar. Eu parecia ser a única intacta daquele pessoal, a não ser pelo meu cabelo bagunçado. Meu vestido estava sujo por conta da confusão e por conta de todas as pessoas que esbarraram em mim. Eu suspirei, abaixando a cabeça. Não queria olhá-lo naquele momento. Seria demais.
 — Não entendo porque fizeram isso. — Começou ele, fazendo todos prestarem atenção. — Não pensaram no prestígio do colégio? No prestígio dos seus pais?
 Vi todos abaixarem a cabeça. Não era de menos, isso já estava previsto a acontecer. Não que meu exercesse tamanha autoridade assim, mas porque todos estavam envergonhados. Envergonhados por terem feito tal coisa e não pensarem 1 minuto sequer no que a fama do colégio poderia sofrer com isso. Nós todos estávamos assim e não era desculpa dizer que sentia muito. Iriam pegar pesado conosco a partir dali, e nós sabíamos muito bem.
 — Ah, cheguei!
 Todos nós olhamos e vimos nada mais quem do que Emma Brown. Agora sim eu fiquei com nojo! Era só o que nos faltava naquele momento. Já estávamos encrencados por causa de Demi, agora aparece a mãezinha dela bem no auge do campeonato para piorar as coisas. Não gosto dela, a odeio. E o pior foi ver a cara do meu pai ao ver a mesma. Pude ver o rosto dele também se encher de ódio por ver a mulher ali. Eu bufei e virei o rosto, completamente estupefata. Poderiam mandar qualquer pessoa ali naquele momento, menos essa mulherzinha. Já não gostava dela antes, depois que ela saiu no jornal com uma notícia do meu pai eu a odiei ainda mais. Queria gritar e mandá-la embora, escandalizar mesmo, mas melhor não. Já estou com problemas demais naquela noite.
 — Quer dizer que vocês fugiram da prisão de elite pra vir agitar o esqueleto um pouquinho, não foi? — Ela deu um sorrisinho. Que engraçadinha! Parecia não ver a gravidade da situação. — E ainda foram apanhados pela polícia? Que absurdo! Vocês exageraram. — Ela riu. Literalmente. Eu balancei a cabeça, completamente perplexa. Como essa mulher poderia se divertir nessa situação?
 — Parece que a senhora se diverte com isso, não é? — Falou meu pai, e notei a incredulidade na voz dele. Com certeza estava achando que Emma era problemática, mais do que já achava.
 Emma olhou para ele, com uma expressão de surpresa. Pareceu que ela não havia visto meu pai ali, ou apenas fingia. Fico com a segunda opção.
 — E o senhor ainda está aqui? — Disse, irônica. — Estão todos bem, isso não é o suficiente?
 Meu pai balançou a cabeça, ainda perplexo com as palavras e o jeito de Emma. Eu sabia que ele não a suportava também, mas quem poderia suportá-la? Ela era uma completa idiota, parecia não ter noção das coisas, e sempre brincava nas piores situações como se fosse normal. Agora entendo perfeitamente de quem a Demi puxou mesmo. Achava que ela era de outro planeta, mas mãe e filha devem ser de um planeta distante e desconhecido. Credo! Esquisitas e burras.
 — Senhora Brown, tem um minuto? — Perguntou papai, gesticulando com a sobrancelha para dentro da delegacia.
 Emma o olhou, parecendo processar a pergunta. Como era burra, meu Deus. Não posso aguentar uma pessoa assim. Eu bufei disfarçadamente, abaixando minha cabeça. Emma olhou para os alunos e alguns, apesar de fracos, não deixavam de gamar na Emma Brown. Ok, ela era uma cantora famosa e super gata, mas isso não diminui a repugnância que sentia por ela.
 — Só um minuto! — Meu pai aumentou o tom de voz, fazendo Emma o olhar novamente. — Por favor!
 Ele deu as costas, caminhando até a delegacia. Emma bufou, revirando os olhos. Eu sabia que ela também não suportava meu pai, é claro. O que me dava mais alívio.
 — Eu não demoro. — Ela sorriu para todos. — Volto logo.
 Ela correu para dentro da delegacia, parecia muito apressada. Aproveitei para sentar ao lado de Logan em um dos bancos fora da delegacia, mas ele pareceu não me notar, ainda estava de olhos fechados. Eu suspirei e também encostei minha cabeça na parede. Não via a hora de voltar pra casa.

Delegacia
' Por Emma

 Corri logo para a delecia, atrás de Jayden. Não queria ir encontrá-lo, muito pelo contrário. Queria sair de perto do próprio, mas certas coisas me impediam. Fazia tempo que eu não o via ou mesmo ficava sabendo sobre ele. As fofocas nos jornais haviam dado um tempo sobre esse assunto e agora só falavam sobre meu novo álbum. Jayden também não parecia com cara de que queria falar comigo, mas parece que se viu obrigado. É melhor eu não forçar a barra, ele pode acabar tendo um treco. Entrei e o vi encostado na parede, guardando o celular no bolso.
 — Posso saber qual é o problema? — Perguntei, querendo apressar a conversa.
 Ele bufou, me olhando com desdém. Ou talvez me olhando com seu bom e velho olhar cínico, já que era o único olhar que ele tinha. Era sempre o mesmo rosto, a mesma expressão. Como alguém pode viver assim?
 — A senhora é o problema! — Respondeu ele, aparentemente sem paciência alguma. — Como foi capaz de festejar a besteira que eles fizeram? A senhora é uma mulher adulta.
 Ele parecia incrédulo. Não me conhecia mesmo, o coitado. Até parece que não sabe do meu jeito, como eu sou. Era praticamente impossível, porque eu apoiava totalmente aqueles garotos. Eram adolescentes poxa, só queriam curtir um pouquinho, é algum pecado isso?
 — Eu até posso ser, mas meu espírito é adolescente. — Dei um sorriso vitorioso. — É o segredo da minha eterna juventude.       
 Ele me olhou como se eu realmente fosse louca. Também não é a primeira vez que ele me olha desse jeito, pois já me olhou de jeitos bem piores. Mas esse era o olhar que ele mais me lançava, parecia que eu tinha algum tipo de doença, ele odiava estar perto de mim. Também éramos de universos paralelos, não iríamos nos dar bem nunca.
 — Esses adolescentes precisam de limites! — Ele disse depois de um tempo.
 — Nós não podemos cortar as asas deles. — Comentei.
 — Ah, então vamos começar com metáforas? — Ele ergueu uma sobrancelha, impressionado. — Então eles pode— Então eles podem se queimar se chegarem muito perto do sol.
 — Não importa. — Eu ri. — Eu sempre vou estar lá por eles.
 Ele colocou as mãos na testa, balançando a cabeça. Tudo bem que ele não era lá daquelas pessoas que eram acostumadas a conversar comigo, mas ele parecia tremendamente impressionado com o que ouvia de mim. Qual é, o que eu estava falando demais? Isso que dá eu conversar eu com velhos do tipo dele, eles nunca me entendem. Como eu disse, estão velhos demais pra isso.
 — Não consigo acreditar nessas besteiras que estou ouvindo. — Murmurou ele.
 O olhei com cinismo. Foi o olhar mais perto que eu cheguei a dar comparado ao olhar que ele sempre me deu. Nunca foi com a minha cara, eu sei disso, e muito menos já foi com o meu jeito. Não gostava de como eu me portava com a sociedade e muito menos da minha carreira. Ele era um idiota, isso sim.
 — Quer saber? Isso aqui não é lugar pra você. — Apontei ao redor, onde estávamos em uma delegacia. Olhei para o lado e percebi que todos os alunos lá fora pareciam prestar atenção em nossa conversa, mesmo não nos ouvindo. Demi dava um sorrisinho fraco olhando pra mim. Sabia que ela estava torcendo pra eu dar um bom esculaxo em Jayden.
 — Eu sei que não é meu lugar. — Falou ele, como se fosse óbvio.
 — Então é melhor ir embora. Eu cuido dos garotos, ok?
 Dei um sorriso falso e saí, indo na direção dos alunos. Pude ver que ele ainda olhava pra mim, podia sentir seus olhos atrás de mim, mas não me importei. Já estava na hora de eu dar um basta nas minhas conversas com esse homem, ele não sabia de praticamente nada da minha vida e insistia em achar que eu não era capaz. Por isso não gosto de homens sérios demais, eles... São sérios demais!

Delegacia
' Por Selena G.

 Vi Emma falar mais algumas coisas com o meu pai e logo mais saiu praticamente correndo da delegacia. Já até imagino como foi essa conversa. Como essa mulher consegue tirar meu pai do sério tão rápido? Ninguém tira ele do sério assim, só tinha que ser a Emma mesmo! Ela chegou até nós, sorridente, por incrível que pareça.
 — Vamos embora porque a festa já acabou! — Falou ela. — Temos que voltar pro colégio.
 Todos abaixaram a cabeça automaticamente. Não sabíamos o que nos aguardava no colégio, mas de qualquer forma, não era o que queríamos. Todos nós já sabíamos que estávamos realmente encrencados, essa noite foi uma confusão só. Brigas, e mais outras coisas. Todos nós agora só queríamos uma cama e só acordar daqui a 2 dias... Ou até quando o diretor e nossos pais esquecessem que fizemos essa linda travessura. Ah, que ódio! Selena, até agora a ficha não caiu que você fez mesmo isso. Minhas unhas estão horríveis, meu cabelo que demorei horas para arrumá-lo está um horror e meu vestido está um lixo. Existe coisa pior. Até eu agora iria querer me jogar em qualquer canto. Preciso de um banho urgentemente. Mas na minha banheira, não naquele colégio. Mas não será possível, né? Eu sei.
 E em seguida, todos foram saindo. Todos foram seguindo atrás de Emma. É claro que ela iria levar todos eles pra casa, meu pai estava aqui. Esperei todos saírem do meu campo de visão e comecei a andar, a última de todos. Foi quando vi meu pai, que estava parado, me esperando. Meu coração foi á mil, mas fui até ele, de cabeça baixa. Preparei meus ouvidos, mas apenas recebi um abraço. Um abraço apertado e um beijo na testa. Não entendi. Então ele não brigaria comigo? Iria esperar que eu fosse amanhã pra casa? Se é que eu poderia ir, porque estava na cara que teríamos uma punição. Olhei em seus olhos e ele me lançou um meio sorriso, que logo desapareceu. Eu o abracei forte.
 — Eu te amo, pai. — Sussurrei.
 Ele hesitou e nós dois caminhamos até o carro. O dia hoje foi cheio.

Sala de aula, Highland Private
' Por Demi L.  

 No dia seguinte, acordei dolorida. Me levantei e percebi que Miley e Madison ainda dormiam, e depois percebi que eu havia um corte minúsculo na testa. Como fui perceber isso agora? Me sentei na cama e tentei reavliar tudo que havia acontecido ontem. Tudo bem, foi tenso. Foi muito tenso! Eu nem quero colocar meu pé pra fora desse quarto hoje, vou ser matada a pedradas, só pode. Eu bufei e me levantei, indo direto pro banheiro. Tomei mais um banho e coloquei uma roupa, ajeitei meus cabelos (que estavam a coisa mais horrorosa do mundo) escovei meus dentes e saí. Hoje é sexta feira, não é preciso usar uniforme. Saí do banheiro após alguns minutos e vi que Madison também havia acordado e colocado uma roupa. Eu suspirei e lhe mandei um sorrisinho de bom dia, que ela me retribuiu. Hoje nós duas não estávamos pra papo nenhum, e acredito que ninguém desse colégio iria querer conversar hoje. Mas pra quê né? Já estávamos em uma situação difícil ontem, hoje iriam terminar de me matar, eu previa isso. Mas não estava com medo. Não estava mesmo. Eu iria enfrentar aquelas pessoas com a minha cabeça erguida, como Emma Brown sempre me ensinou. Aliás, tenho que agradecê-la depois. Não me olhem com cara feia... Ás vezes eu tenho estômago pra fazer isso.
 Miley e se levantou e se trocou, e nós três fomos pra sala. Lá encontramos Selena, Joe, Aiden, Chloe, Emily, Isabella... E os demais que foram chegando. Eu entrei e não me importei com alguns olhares pra cima de mim. Todos estavam em silêncio, e os que conversavam era baixinho, quase não dava pra se entender. Me sentei no meu lugar de sempre, quase no fundão, e escorreguei na cadeira, mexendo em minhas unhas mal feitas. Aquilo me agoniava. Eu sei que tinha gente que queria gritar comigo, apontando o dedo na minha cara, dizer que tudo era minha culpa... Mas o silêncio daqueles idiotas me agoniava demais! Percebi que Isabella estava com a cabeça encostada no tampo da mesa. E não, eu tinha total certeza de que ela não estava dormindo. O que ela tinha?
 O diretor Ethan interrompeu meus pensamentos ao entrar na sala de aula, com o inspetor James. Como imaginávamos, a cara dos dois não estava das melhores. Todos nós levantamos, e preparamos os ouvidos.
 — Eu não queria que o dia terminasse sem que fosse esclarecido o lamentável episódio em que me vi envolvido. — Murmurou ele. — Pela minha dedicação, zelo e senso de responsabilidade. Em um ou alguns de vocês sabotaram a reunião da comissão, para o que aconteceu depois: a fuga! — Ele bufou. Estava aparentemente decepcionado. — Quero que saibam que o ou os responsáveis pelo ato vão ser castigados com a expulsão imediata do colégio!
 Parei de roer as unhas e encarei o diretor. Os murmúrios no quarto foram se alargando e em meio segundos todos já falavam ao mesmo tempo, discordando com as palavras do mesmo. Como assim? Expulsão? Meu coração foi á mil. Sei que já fui provocada com várias expulsões dita pelo diretor, mas naquele caso ele parecia seriamente decidido a fazer aquilo. Eu bufei, abaixando minha cabeça. Eu não sabia o que fazer naquele momento. Não sabia o que dizer. Todos da sala reclamavam com Ethan, e eu apenas fiquei calada, olhando abismada para ele e para todos da sala. Não conseguia dizer nada.
 — Acabou a consideração, garotos! — Interrompeu ele, fazendo todos se calarem. — Principalmente com os novos! — Ele deu um olhar feroz pra mim.
 Eu o encarei, perplexa.
 — Espera aí, mas porque com os novos? — Perguntei, indignada.
 — Calada! — Gritou James.
 — Porque os problemas começaram com a chegada dos novos. — Respondeu Ethan, dando um sorriso falso.
 Eu ri irônicamente. É claro que a suspeita número 1 era eu, é claro que era! Todas as coisas que aconteciam naquele colégio agora, a culpada era sempre eu. O pior que era mesmo. Se ele descobrisse ainda que eu encobria Samuel, iria avisar em todas as escolas para não aceitarem Demi Lovato em nenhum delas.
 — Principalmente com você, Demi!
 Ele gritou e eu arregalei os olhos. Apenas suspirei e me segurei para não pular em seu pescoço. Me segurei muito.
 — Eu quero o culpado. — Continuou ele. — A porta da minha sala está aberta a qualquer hora, para aqueles que quiserem apresentar pistas. E tem mais uma coisa, ninguém vai sair do colégio enquanto não achar o ou os responsáveis!
 — O que?! — Ouvi Joe gritar.
 — É melhor que eles apareçam, não é? — Ethan deu um sorriso cínico.
 Os murmúrios recomeçaram. Dessa vez eram piores, eles quase gritavam com o diretor. Mas também estávamos indgnidados. Não sei como ninguém gritou até agora e apontou para mim, dizendo que a culpa era toda minha. Esse povo deve estar com algum problema hoje.
 — Vão ficar sem o esperado fim de semana livre. Ou, como dizem vocês, sem liberar geral! — Ele deu uma risada irônica, e James deu um sorriso cínico ao seu lado.
— Com licença.
 As vozes recomeçaram e o diretor saiu da sala. Logo em seguida, James deu uma gargalhada e saiu logo em seguida. Como esses homens se divertiam com a nossa desgraça! Todos começaram a reclamar ao mesmo tempo, a sala virou uma zona, ninguém sabia fechar a boca por um minuto. Eu bufei, abaixando a cabeça. Ok, eu reconheci que aquela situação estava em minhas mãos. Se eu não fizesse nada, ninguém mais faria. Depois, bufei e subi na mesa, levantando os braços.
 - Pessoal, pessoal! - Gritei, fazendo todos olharem pra mim. - Escutem! - Me virei pra Chloe. - Escuta, não consegue fazer o seu pai relaxar?
 - Não. - Ela bufou. - Agora a pouca eu tentei falar com ele e ele quase me matou. Ele não quer nem me ver!
 Ah que legal. Que situação nos metemos, não é? Demi, dessa vez eu acho que você estrapolou um pouquinho... Mas só um pouquinho, ok? Não vou abaixar a cabeça pra esse povo, nunca. E também não pretendia começar a ficar boazinha daqui pra frente. 
 - Só nos resta uma saída! - Ouvi Joe falar.
 Me virei pra ele. Uma preocupação me tomou. Tudo bem que agora Joe estava sóbrio, e eu nem queria me lembrar da última vez que estivemos juntos. Mas agora ele me encarava de outra forma. Não foi da forma sincera daquela vez, agora a hipocrisia e a arrogância voltavam a tomar os seus olhos. Ele já não era mais aquele.
 - O que vamos fazer? - Perguntou Logan á Joe.
 - Temos que entregar a responsável! - Respondeu Joe, me encarando.
 Que hipócrita! Minha boca se escancarou. Joe me olhava com o sorriso mais cínico que eu já vi em minha vida. O sorriso mais falso e mais fingido... A raiva começou a tomar conta de mim. Eu queria bater nele naquela hora, queria mostrar meu ódio, porque naquela hora eu seria capaz de matá-lo. Cara, que idiota! Como poderia estar me culpando de tudo? Os mumúrios na sala começaram de novo, mas me surpreendi pois estavam me defendendo. Todos negavam á afirmação de Joe, menos Logan, é claro. Esse é outro que é da mesma laia cretina de Joesph. Até Selena discordou da ideia absurda que Walker acabara de dizer.
 - Joe, todos nós fomos responsáveis! - gritou Selena.
 - Não, Selena. Todos não - falou Joe. - Foi uma pessoa que teve essa ideia! Foi você, Demi!
 Ele gritou, apontando aquele dedo imundo pra mim. Eu o encarei com tanto ódio que era capaz de pular em seu pescoço, mas não queria piorar as coisas pra turma e principalmente pra mim. Todos ficaram em silêncio, apenas olhando de mim e á Joe, esperando algo. Eu não conseguia dizer nada. Joe me surpreendia a cada dia mais, cada vez mais eu via o quanto ele não valia a pena e não passava de um cretino.
 - E você aceitou participar da confusão! - falou Nick, se aproximando de Joe.
 - Vai querer brigar comigo? - Joe foi irônico.
 Nick apenas levantou uma sobrancelha. Foi o bastante para Joe avançar para ele, o dando um grande empurrão. Joe quase foi ao chão com o grande soco que Nick o deu em seguida, mas aquilo tinha que parar. Logo após o soco de Nick, a turma inteira se juntou para pará-los. Joe estava intacto, o soco não fizera nada demais com ele. O que foi bom, esses dois estavam querendo mais brigas pro nosso lado. 

Secretaria, Highland Private
' Por Ethan J.

 Saí da sala dos pestinhas, para meu alívio. Passei em frente á secretaria, onde Sophia rapidamente abriu a porta, com o telefone na mão, precendo desesperada.
 - Senhor Ethan! - Ela sussurrou. - É o senhor Gomez, já é a segunda vez que ele liga. Está furioso!
 - Não, diga que eu estou muito ocupado - eu disse apenas e segui pra minha sala. Não queria problemas com pais áquela altura.

Sala de aula, Highland Private
' Por Joe W.

 Droga! Minha vontade de dar um belo soco em Nick ainda não havia passado, mas eu juro que eu ainda iria conseguir. Passados algumas horas, nós estávamos em aula, normalmente, dessa vez com o professor John. Todos nós não havíamos esquecido das tamanhas confusões da festa, eu mesmo estava com uma dor de cabeça horrível do dia anterior, mas com algun remédios estava conseguindo suportar. O professor passeava pela sala de aula, observando todos os alunos.
 - Bom, vamos tirar alguma coisa positiva desse assunto que está revolucionando a escola nesse momento. - falou ele, de frente para a turma. - Eu acho que poderia ser um bom tema para a aula de hoje.
 Eu bufei, revirando os olhos. Sempre o achei idiota, sem mais.
 - Me diz, o que isso tem a ver com a ética? - perguntei.
 - Tem muito a ver. - ele sorriu. - Ouve um incidente, e eu quero ver como vocês reagem diante disso.
 - Em que sentido? - perguntou um garoto no fundo sala.
 - O mais importante dos sentidos. Me digam, quem assume as coisas? Quem é o responsável? O líder ou todo o grupo? Quem?
 Selena levantou as mãos, animada.
 - Você, Selena! - ele sorriu. - Fala!
 - É que eu acho que... Eu quero ir ao banheiro, posso?
 Aff! Selena conseguia ser ridícula algumas vezes, não posso negar. O professor deu um sorrisinho forçado á ela.
 - É claro, pode ir. - ela saiu. - Alguém mais quer ir ao banheiro? - ninguém se manifestou. - Então vamos continuar: quando fazemos um ato em conjunto, existe um fato não escrito sobre responsabilidade de todo o grupo.
 Eu ri.
 - E quem disse isso? - perguntei em voz alta, o olhando como se fosse patético.
 - Eu posso continuar? - ele levantou as sobrancelhas. - Se um condenar outro para se salvar, está violando um código da ética muito importante.
 Todos se olharam. Na verdade, não estavam entendendo nada.
 - Eu vou explicar de forma mais clara - continuou ele. - Ser delator é coisa de covarde!

Banheiro, Highland Private
' Por Selena G.

 O banheiro foi uma dela desculpa ao professor John. Chegando lá, olhei por todos os lados, não a vendo.
 - Isabella! - gritei. Sabia que ela estava aqui. - Isabella!
 De repente ouvi um som alto de vômito. Rapidamente, abri uma das cabines do banheiro, encontrando Isabella agachado no sanitário, parecendo jogar as tripas pra fora.
 - Isabella?!
 Meus olhos se arregalaram. Essa não...

To be continued!

Ok, está horroroso. Gente, eu juro que eu melhoro! Não está do jeito que eu sei que vocês esperavam, mas aceitem ele assim por enquanto. É que esse capítulo eu o escrevi por partes, eu escrevi um pouco em um dia, no outro dia eu continuava e por aí vai. Enfim, obrigada as que comentaram, obrigada Drika pela divulgação, foi muito importante. Aliás, pare de escrever tão perfeitamente, isso me mata D;
Enfim, talvez vou pra praia na quarta, então ainda dá pra postar o 2, quem sabe rs. Se minha inspiração for a meu favor, eu vou agradecer. Enfim, obrigada por tudo, eu amo todas que leêm e não comentam... Eu só penso para comentarem mais, ok? É só um pedido simples, qualquer escritora é movida por comentários. Ideias e sugestões pra história, principalmente pra 2º temporada estão sendo bem vindos. É só isso, milhões de beijos ;*
 Amor da minha vida!! s2