Nova York
Nick já se encontrava no escritório de Jayden, estimulante como sempre, oferecendo sorrisos e ajuda para o empresário. Jayden se alegrava ao ver o garoto, como ele se esforçava para tal assunto e ia bem. Nick queria mostrar á ele o quanto estava interessado, e na maior parte das vezes em que estava com Jayden, não se esquecia um minuto do motivo que o levara a estar ali. O acidente de alguns minutos atrás não saía de sua mente, Nick não podia negar que estava meio apavorado com o que a Seita poderia fazer com ele, mas logo retirava esse pensamento. Após passar pela Times Square, Nick nem se lembrava mais disso, por enquanto.
Após alguns minutos, Jayden se retirou da sala, o que deu uma brecha enorme que Nick esperava. Ele, sorrateiramente, começou a vasculhar entre as tantas gavetas algo que era de seu interesse. Mas não foi muito longe, e com um pulo, ele já escutava a voz de Jayden vindo pelo corredor. Nick voltou-se á poltrona vermelha ao lado da enorme mesa de vidro, pegando novamente seu laptop.
— Não, eu é que sinto muito. — Falou Jayden ao telefone enquanto adentrava novamente na sala. Nick o observou pelo canto do olho. — Ok, obrigado. — Ele desligou o telefone, se sentando em sua cadeira e voltando sua atenção para Nick. — E aí, como está?
— Muito bem! — Ele sorriu, entusiasmado. Na mesma hora, pegou o laptop em seu colo e o colocou na mesa, na frente de Jayden. — Olha só.
— Puxa vida. — Jayden suspirou, olhando para a tela com admiração. — Esse gráfico está muito bem desenhado. — Ele virou-se para Nick. — Como sabe tanto?
— Bom, o meu pai era um expert em marketing e comércio exterior. — Ele deu de ombros, olhando para Jayden. Seu olhar sempre mudava ao falar do pai, ainda mais quando estava na presença da pessoa que o havia matado, pensava Nick com muita repulsa. Sentia nojo de Jayden ao pensar nesse ponto das coisas. — As pessoas também diziam que ele era um expert em relações humanas. — Nick deu um riso fraco, e rapidamente voltou a expressão séria. — Mas infelizmente ele morreu. — Sussurrou.
Jayden encarou o garoto, soltando um suspiro. Nick revirou os olhos, não querendo olhar para Jayden naquele momento. Ele parecia nem lembrar de seu pai, pensava Nick. Parecia um total ignorante com um fato desses.
— Eu sinto muito. — Jayden suspirou, colocando uma das mãos no ombro de Nick. — Gostaria de tê-lo conhecido.
Jayden voltou os olhos para o computador e Nick pareceu ter levado um tapa na cara. Sua dúvida foi respondida naquele momento: Jayden não se lembrava de seu pai. Nick balançou a cabeça, de repente arfando por alguns segundos. Um ódio súbito subiu em si naquele instante, mais ódio ainda do que sentia pelo empresário. Nick balançou a cabeça e se afastou, antes que cometesse uma loucura.
— Hum... E a Selena? — Perguntou Nick, e de repente uma onda de borboletas invadiram seu estômago. A pergunta saiu de seus lábios rápido demais e ele não fazia ideia do porquê havia perguntado logo de Selena, mas não conseguia pensar em mais nada.
— Selena deve estar pra chegar com as amigas. — Respondeu ele, com um sorriso. — Selena, Emily e Isabella. O trio invencível.
O sangue sumiu do rosto de Nick. Como assim as três? Já seria bem difícil se tivesse que lidar a estar a poucos metros de Selena, ainda mais que as amigas estariam juntas. Dessa vez seu estômago embrulhou, e ele decidiu não estar ali. Ele pensou em Isabella. Se ela o visse ali... Depois de algum tempo, Nick percebeu que havia torcido o nariz em sinal de nojo. Jayden riu.
— Não se preocupe. — Disse ele. — Eu já disse que a casa é muito grande. Ela nunca aparece por aqui quando sabe que eu estou trabalhando. Odeia meu trabalho. — Jayden abriu um sorriso e Nick riu forçado. Aquilo não o reconfortava nem um pouco. — Mas e então, me explique isso. — Ele apontou para o gráfico na tela.
Quarto de Selena, mansão Gomez
Nova York
— Eu acho horrível o que você fez com o Joe. — Murmurou Isabella para Emily, enquanto a loira corria em uma esteira no enorme quarto de Selena. Isabella penteava os cabelos no enorme espelho.
— Ele me traiu primeiro, ok? — Emily bufou, revirando os olhos.
— Mas você conseguiu a sua vingança. — Falou Selena, deitada na cama gigantesca de casal cor-de-rosa. — Porque você fez com que ele fosse considerado o maior idiota do colégio.
— Espera aí, ele não me dava a menor bola! — Emily balançou a cabeça. — Ele me humilhou. Ele disse que colocou um chifre em mim, ok? To fora!
— Você podia ter terminado com ele. — Isabella bufou.
— Aprende uma coisa: os homens feito o Joe tem que ser enganados antes que eles enganem você. Eles sempre te põe um chifre.
— Nem todos. — Isabella suspirou, balançando a cabeça. — O Nick não é assim.
Emily deu um pigarro, sorrindo irônicamente.
— Fala sério, tolinha. — Murmurou ela. — Porque você acha que não está saindo esse fim de semana com o seu... Namoradinho? — Ela torceu a última palavra em uma voz anasalada. Isabella a encarou, parecendo pensar nas palavras certas.
— Ele tinha muita coisa pra fazer. — Respondeu ela, revirando os olhos de Emily.
— E você acreditou nisso?
— Mas é claro.
— Fala sério, Isabella! — Ela grunhiu. — Coloca a mão na testa, você está cheia de chifre! — Ela deu um tapinha na testa de Isabella. A garota abriu a boca para protestar, mas Selena interrompeu.
— Já chega de falar desse caipira! — Gritou ela, bufando. — Já chega, eu não suporto ele. Por favor, meninas, temos que começar a trabalhar. Temos que ver esse lance da canção, a seleção do novo grupo de dança, tudo isso. — Suspirou.
— Nós já temos tudo isso. — Disse Emily. — Nós já temos a nossa coreografia. Dançamos aquela e passamos.
— Não, vocês têm que ver isso, meninas. — Selena deu um sorriso falso e se levantou da cama, indo até sua escrivaninha próxima á janela e pegando um papel cuidadosamente, onde era visível o enorme logotipo do Highland. — Eu tinha que ter mostrado. Isso aqui é o que a professora vai avaliar. E nós temos que ser as melhores, por isso temos que mudar tudo pra fazer do jeito que ela quer.
— Onde você conseguiu isso, Selena? — Emily sorriu, parecendo ter ignorado tudo o que Selena havia falado.
— Eu tenho os meus métodos. — Selena deu um sorriso vitorioso e as três riram animadas.
— E é muito difícil o que ela pede? — Perguntou Isabella, se virando para Selena.
— Isabella. — Selena bufou, se prostando ao lado da amiga. — Pra Selena Gomez, não tem nada difícil. — Ela riu, contagiando Isabella. — Simplesmente temos que mudar a coreografia. E só temos que ser as melhores. — Deu de ombros. — Porque quero me livrar da estúpida da Demi e do grupinho dela pra sempre.
— Tudo bem, e o que você tem em mente? — Falou Emily.
— Nada, só vamos mudar a coreografia, mudar a canção e muitas...
— Olhem! — Gritou Isabella, fazendo Selena a olhar meio assustada.
— O que foi?
— Eu estou com 3 centímetros á menos! — Bradou Isabella, segurando a borda da calça.
— É claro. — Selena bufou. — Por causa da sua bebedeira daquele outro dia.
Emily riu, saindo da esteira, se olhando no espelho. Isabella fechou a cara.
— Mas isso então quer dizer que eu emagreci com um ataque de vômitos. — Ela balançou a cabeça.
— O que? — Selena juntou as sobrancelhas, encarando Isabella. Com certeza, o que se passava na cabeça da garota naquele momento não era bom. Não o que Selena estava tentando dizer. — Não. Você só fala besteira. — Ela revirou os olhos, de repente voltando a sorrir. — Vem cá, porque vocês não me ajudam a procurar o que o meu pai comprou pra mim? Sabe, uns vestidos novos. — Seus olhos brilharam. — E é com eles que a gente vai se apresentar.
— Então vamos logo! — Emily bateu palmas, animada.
— Eu não lembro onde eu coloquei. Me ajuda, Emily! — Falou enquanto as duas andavam pelo quarto gigante.
Escritório de Jayden, mansão Gomez
Nova York
Nick e Jayden já haviam trabalhado bastante. Jayden gostava do jeito de Nick, o garoto era estimulante, dedicado, fazia de tudo para as coisas com que se interessava dessem certo. Pelo menos era isso que Nick demonstrava ao empresário. Jayden o olhava como um filho, realmente gostava do garoto, e se perguntava onde estavam seus pais ou responsáveis, que aparentemente Nick não tocava muito no nome deles. Essa pergunta rondava sua mente constantemente.
— Jayden. — Chamou Nick, enquanto mexia no laptop em cima da poltrona vermelha. — Ér...
— Algum problema?
— Onde está o último status desse ponto? — Ele colocou o laptop diante de Jayden, na mesa. — Porque eu não o encontro em lugar nenhum, e tem que colocar no computador.
— Ah sim, a pasta deve ter ficado no quarto lá de cima. — Suspirou. — Eu ainda tenho coisas lá. Eu tenho que terminar de arrumar, mas nunca tenho tempo.
— Quer que eu vá lá pegar? — Nick deu de ombros.
— Sim. — Respondeu rapidamente. — Está lá no quarto á primeira porta á direita.
— Primeira porta? Obrigado. — Caminhou para fora da sala.
— Não tem de quê.
Área abandonada
Próximo ao Highland PS
Nova York
Madison e Samuel estavam agora do lado de fora do caminhão, sentados em meio á bagunça, e Madison tentava distrair a atenção do garoto para que conseguisse esperar Demi chegar. Depois da brincadeira dos socos e dos pontapés, os dois conversavam sobre coisas aleatórias, e Samuel sorria muito na presença de Madison.
— Agora que você me ensinou a dar uns socos e pontapés, você não vai conseguir me dar uma surra. — Falou Samuel, sorrindo.
Madison levantou as sobrancelhas, rindo em seguida.
— Olha aqui, brocólis, eu bato em você com um dedo. — Falou ela.
— É? — Ele riu. — Mas eu vou treinar muito e vou deixar você que nem pastel.
Madison gargalhou.
— Olha só, eu vou trazer um saco pra você treinar de verdade.
— Sério? — Seus olhos brilharam.
— Sério.
Samuel correu para os braços de Madison, se enroscando em um abraço. Madison se assustou, como se aquele abraço a pegasse de surpresa. Samuel era tão minúsculo que só chegava á sua cintura, e no entanto o local em seus braços era perfeito pra ele. Madison passou as mãos pelas costas do garoto delicadamente, percebendo o quanto se parecia com ele. Os dois haviam começado do mesmo jeito, e ela desejava mais do que tudo que ele não terminasse como ela. Ela não queria que ele terminasse em um orfanato, como ela havia terminado. E agora ele tinha a chance de ter um destino diferente e Madison estava disposta a fazer de tudo pra que aquele simples garotinho tivesse um destino de outra forma, e ela se achava capaz disso. Demi também, apesar de não demonstrar, não iria deixar que o garoto tivesse o destino em um orfanato.
Madison foi tirada de seus pensamentos quando olhou pra frente e se assustou. Um enorme colchão estava sendo carregado, com muita dificuldade. Madison se assustou por alguns segundos, mas logo pôde ouvir o gemido da outra pessoa detrás do colchão. Ela respirou aliviada, sabendo quem era.
— Olha só. — Ela cutucou Samuel, e o garoto olhou para o colchão "andante".
Os gemidos continuaram, e os dois puderam perceber que estava sendo carregado com dificuldade. Depois de 2 segundos, o colchão caiu no chão, e detrás dele eles puderam ver uma Demi cansada e ofegando de cansaço.
— Surpresa. — Ela arfou, e em seguida se jogou em cima do colchão, de barriga pra baixo.
Samuel se soltou dos braços de Madison rapidamente, mais entusiasmado do que nunca.
— Demi! — Ele gritou, se jogando no colchão e indo pra cima da garota. — Você comprou meu colchão! Você conseguiu um colchão novo! — Seus pequenos olhos verdes brilhavam ainda mais.
Demi e Madison riram. Sabiam o quanto aquilo deixava Samuel feliz. Elas podiam sentir a alegria irradiando dele, o que as deixava consequentemente felizes também.
— Ah, tira esse carrapato daqui! — Gritou Demi, rindo.
Eles continuaram rindo até ouvirem mais passos se aproximando. Pareciam estar correndo. Todos viraram a cabeça ao mesmo tempo para ver quem era.
— Miley! — Samuel gritou, correndo para os braços da garota, que estava cheia de sacolas.
— Oi, meu amor! — Ela sorriu, dando um beijo na testa do garotinho.
Samuel se soltou rapidamente da garota, voltando ao seu tão amado presente novo. Miley se ajoelhou no colchão.
— Olha o que eu trouxe. — Disse ela, pegando as sacolas. — Comidinha pra todo mundo!
Todos gritaram, animados.
— Que bom! — Falou Madison, se sentando no presente de Samuel. — Eu tô morrendo de fome.
Enquanto pegavam as comidas, todos conversavam animadamente. Existia um grande clima de comunhão entre eles. Todos riam e conversavam bem, Samuel estava mais animado do que nunca. Estava mais animado do que um dia poderia se sentir. E entre tantas outras conversas, ouviram um celular tocando de repente. Todos se olharam por uns minutos e logo Demi, que parecia ter "acordado", tateou os bolsos do short, pegando seu iPhone, que parecia gritar naquela hora. Ela olhou o número, e praticamente arregalou os olhos, de surpresa.
— Alô! — Ela praticamente gritou. Os outros ao seu redor voltaram a atenção para a conversa e a comida. — Até que enfim! Onde você se meteu? Eu mandei mil mensagens... Aham... Ele está aqui, porque? — Ela olhou de canto de olho para Samuel. — Sim... — Ela juntou as sobrancelhas, de repente sua cabeça girou. — O QUE?!
Demi gritou tão alto que fez os outros olharem pra ela, de repente meio assustados. Os olhos de Demi pareciam concentrados em outras coisas, e o telefone ainda estava em sua orelha, mas ela estava em silêncio. Pareciar arfar de repente.
— O que houve? — Perguntou Madison, praticamente sussurrando.
Demi desligou o telefone, bufando. Não sabia mais o que fazer.
Mansão Gomez
Nova York
— Me perdi. — Sussurrou Nick á si mesmo.
O garoto andava pelos corredores compridos da mansão, parecendo andar em círculos, pensava ele. Nada era igual, e também ele não encontrava o tal quarto. Ele não iria voltar á sala e pedir para que Jayden disesse novamente a localização do quarto, ele iria conseguir achar, havia botado em sua cabeça. Haviam várias portas, e a casa era realmente enorme, Jayden não estava brincando. Mas Nick não iria perder a paciência, iria continuar procurando.
Depois, ele entrou em uma sala. Nick soltou um suspiro. A sala era grande demais. E bonita demais. Ele nunca vira coisa tão linda na vida. Só a sala de Jayden era relativamente o tamanho de sua casa inteira. Ele queria, mas não podia ignorar os detalhes daquela sala. Os sofás, brancos como a neve, o tapete impecável de plumas, a enorme TV que o fazia se sentir em um cinema, as paredes de um branco lindo. Ele estava maravilhado. Não tivera tempo de perceber as coisas na casa, mas sabia que ainda tinha muita coisa a conhecer. Por um momento, ele se esqueceu dos detalhes e voltou á andar, percebendo uma porta na lateral da parede, e ali poderia estar o que ele procurava.
Só que Nick parou repentinamente, quando estava a alguns passos de entrar na porta. Uma voz fez seu coração gelar, e Nick sentiu o sangue sumir de seu rosto.
— Eu não sei porque não consigo achar a calça de ginástica. — Ouviu-se a voz de Selena. — Eu não entendo!
A voz se aproximava a cada vez mais. O coração de Nick pulou. Ele não poderia ficar ali! Selena se aproximava, e pela sincronia de passos, ela não estava sozinha. Ele podia ouvir bem claramente a voz de Emily e Isabella que a seguiam. Nick arfou, olhando para os lados, tentando pensar em alguma coisa. Depois, ele viu o sofá e a única coisa que pensou - e que podia fazer - era se esconder. Ele não podia correr, Selena e as outras ouviriam seus passos. Nick se abaixou atrás do grande sofá, pegando algumas almofadas e as jogando em cima de si. Ok, era ridículo, mas a cabeça dele girava tão rápido que ele não conseguia pensar em nada melhor.
— Droga! — Agora ele ouvia claramente que Selena já entrava na sala. — Onde essas empregadas guardaram?
— Calma, Selena! — Ouviu a voz de Isabella. — Você pode ter deixado lá no colégio.
— Não, eu não deixei lá no colégio. — Ela suspirou. — E como você quer que eu fique calma?
Os passos pararam, para o pânico de Nick. Ele não podia vê-las, mas podia ouvir que as vozes delas estavam cada vez mais perto, parecia que Selena estava ao seu lado.
— Que droga. — Selena bufou mais uma vez. — Eu não gosto que peguem as minhas coisas!
E de repente ela se atirou no sofá. Nick percebeu ao sentir o peso em suas costas. Seu coração parecia que ia pular do peito. E se Selena percebesse algo estranho e retirasse as almofadas? Nick fez o máximo para não respirar ou emitir algum som.
— Avery! — Gritou Selena. — Leah!
Nick sentiu o peso em suas costas relaxar, e percebeu que Selena havia se levantado. Ele suspirou baixo.
— Viram como não me escutam? — Ela se queixou. — Essas duas não me obedecem. A semana toda eu passo sem empregada doméstica, eu chego aqui e elas se escondem mim. Não querem me fazer nenhum favor. Vem, meninas, me ajudem a procurar.
Ele ouviu os passos saindo da sala, e ele consequentemente também se levantou, aos poucos, vendo se as garotas ainda pudessem voltar. Ele ouviu a voz de Selena gritando pelas empregadas ao longe, então Nick foi, sorrateiramente, pelos corredores, agora não tão preocupado com o quarto indicado por Jayden. Mas pior pra ele foi perceber que o corredor seguinte era o que as garotas estavam escondidas. Nick rapidamente se escondeu atrás de uma parede, bufando.
— O escritório do seu pai não é aqui em cima? — Perguntou Isabella.
— Não, é lá embaixo.
— Vamos falar com ele.
— Não! — Selena grunhiu.
Isabella juntou as sobrancelhas.
— Mas o seu pai é super legal.
Selena revirou os olhos.
— Isabella, um pai que deixa sua filha sem cartões de crédito, não merece nem um bom dia.
As garotas riram um pouco, fazendo Selena balançar a cabeça.
— Me ajudem a procurar, meninas! — pediu ela mais uma vez. — Venham comigo, deve estar lá no meu quarto.
Nick ouviu os passos, e eles eram direcionados novamente para a sala. Nick bufou e uma onda de nervoso se passou pelo seu corpo. Ele correu novamente para atrás do sofá, jogando as almofadas em cima dele, sabendo que as garotas passariam por ali novamente.
— Se vocês me ajudarem a procurar, de repente eu acho. — Falou Selena, aparentemente entrando na sala.
— A gente pode revirar tudo. — Falou Emily.
— Isso! A gente vai revirar tudo, mas vai encontrar, tenho certeza...
A voz da garota foi sumindo, e Nick percebeu com alívio que elas haviam sumido de vista. Ele esperou mais uns minutos e se levantou, olhando para os lados, quase trêmulo. Que perrengue havia acabado de passar! Ele se recusava a imaginar o que aconteceria se as garotas o vissem ali... Ele chegava a tremer a pensar nisso. Não iria ser nada legal, principalmente para Selena, que não podia vê-lo sem querer matá-lo. Por fim, ele afastou qualquer tipo de lembrança e saiu da sala, tentando não se perder novamente.
Demi não contou aos outros o que escutara no telefone. Na sua cabeça, era melhor assim. Ela também não queria preocupar ninguém, mas foi exatamente isso que ela havia conseguido fazer. Ela mudou de assunto e todos voltaram a conversar animadamente naquela tarde, sem nem se importar mais com o assunto de Demi, mas a garota não havia esquecido o que havia escutado no telefone. Ao anoitecer, ela sorrateiramente se encostou na parede de um dos corredores, enquanto todos já fossem dormir. Ela praticamente apertava o telefone em suas mãos, ansiosa.
— Ai, como demora. — Ela bufou. Aparentemente a garota esperava uma ligação urgente.
No momento em que dissera isso, o telefone vibrou em suas mãos, fazendo seu coração pular de susto.
— Alô! — Ela arfou. — Até que enfim. Pensei que tinha esquecido.
"E então, já pode falar?"
— Já, as meninas levaram ele pra dar uma volta. — Suspirou, se referindo á Samuel. — Escuta, eu espero ter entendido mal e que você me explique bem. O que você disse não é verdade, ou é?
"É verdade, eu tenho que viajar."
Demi balançou a cabeça, parecendo perplexa.
— Ryan, como pode viajar assim de repente?
"Me desculpe, Demi, é uma oportunidade única. Não posso desperdiçar, é pelo meu trabalho."
— Oh! — Demi exclamou, arregalando ainda mais os olhos. — E o Samuel, como fica? Acha que é só dar um pontapé nele?
"Olha, me perdoa, o garoto realmente me comoveu. Mas não posso levá-lo em uma viagem, onde vou mantê-lo?"
— Espera aí, o que você quer? — Ela bufou. — Que eu esconda ele aqui até completar 18 anos e ficar maior de idade?
"Não. Eu vou te dar uma ideia, leva ele pra um orfanato. Diga que o encontrou na rua."
O impacto das palavras de Ryan pareceram acertar Demi como um tiro. Orfanato? A cabeça de Demi girou a um milhão. Essa era a última coisa que a garota faria. Tudo bem que cuidava do garoto a mando e pedido de Ryan, mas ela conhecia bem o sofrimento de um orfanato. Não conhecia por ter passado, mas tinha Madison ao seu lado, e a amiga conhecia bem. Demi era contra isso totalmente, não conseguia nem passar pela sua cabeça essa ideia. Era completamente ridícula.
— Tá maluco? — Ela quase sussurrou. — Como vamos fazer isso com o pobre menino?
"Tudo bem", ele suspirou. "Você tem alguma ideia melhor?"
To be continued!
Wooooooooooow *-* Olá, cinderelas! Tudo bom? Eu tô super bem, apesar de estar postando ás 04:51 da manhã '-' Whatever, acontece. Enfim, como está a história? Boa, ruim, péssima, maravilhosa... Ok, fica a critério de vocês. To bastante animada com ela, apesar de que eu acho meus capítulos o Ó :( , enfim, eu melhoro (tento!). Pessoas, alguém aí já chegou a ver As Vantagens de Ser Invisível do nosso lindo Logan? Eu não vi e estou mal ;( , alguém pode me contar se ele beija a Emma? Ou o que acontece? Plixxxx! E ah, obrigada pelos comentários e pelas princesas maravilhosas que fazem isso. Sério, thannnnks dobrado! Continuem comentando, irá colocar um lindo sorriso no meu rosto :)))) Só isso por hoje, linnndas.
Mil beijos e tchau ;*
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