sexta-feira, 13 de julho de 2012

Depois da Chuva - 81

 Dessa vez ao invés de lembrar as falhas, eu pensei no sorriso e no jeito que ela me olhava com o canto dos olhos. Recordei aquela sensação de arrepio quando ela segurava no meu braço, e como eu amava o jeito que ela arrumava o cabelo. Só isso já foi o suficiente pra eu querer retirar o pedido que fiz, de que ela sumisse para sempre da minha memória. — Sean Wilhelm.


  Jacob não escondeu por muito tempo seu plano que havia metido a Chloe. A garota conseguiu descobrir e muito rápido, digamos. Conseguira domar Jacob.
 - Deixa eu ver se eu entendi - disse ela, ainda confusa. - você quer que eu finja que estamos ficando na frente dos seus amigos, é isso?
 - Exatamente! - concordou Jacob. - Vai me ajudar?
 Chloe mordeu os lábios.
 - Tá, mas antes eu quero saber de uma coisa - pediu.
 - Claro, o que você quiser.
 - Porque você quer fazer isso? - ela deu um breve riso.
 Jacob bufou.
 - Pior que isso eu não posso te falar, isso é um lance meu - respondeu.
 Chloe levantou as sobrancelhas.
 - Então não tem trato - deu as costas.
 - Chloe! - puxou a garota. - Tudo bem, tudo bem. Eu gosto de uma garota e ninguém sabe quem é. Obviamente eu não vou te falar o nome dela - balançou a cabeça. - Vai me ajudar?
 Chloe riu.
 - Ei, isso é divertido!
 - Pois é - estendeu a mão. - Vai me ajudar?
 Chloe sorriu, apertando a mão do garoto.
 - Fechado!
 - Então fechado - ele sorriu. - Agora te devo uma.
 - É claro - ela sorriu.

 Demi foi até onde o lugar que Samuel havia lhe mostrado noite passada, que pelo jeito era horrível, vocês nem imaginam. Ficava bem afastado do colégio, no matagal, dentro de um caminhão velho. Pelo menos Samuel estava vivendo bem ali, naquela traseira. Pegou a sacola de comida pra ele e foi. Seu uniforme iria sofrer a cada dia que eu fizesse isso na semana. Abriu a grande porta daquela traseira e entrou, se deparando com a mesma sujeira da noite passada. Não gostava que Samuel ficasse ali, mas era o único jeito.
 - Ei! - gritou. - Sou eu!
 Olhou para os lados e não viu ele.
 - Samuel! Samuel! SAMUEL!
 Onde ele havia se metido? Por fim, bufou.
 - Eu trouxe comida.
 - Que bom!
 O garoto saiu de trás de várias tábuas que haviam no caminhão. Deixou um sorriso escapar de meu rosto involuntariamente. Adorava vê-lo, isso era verdade. Sorriu e deu a sacola em suas mãos.
 - O que aconteceu com você? - ela perguntou enquanto ele se sentava.
 Samuel suspirou, baixando a cabeça.
 - É que... eu estava com medo - respondeu.
 Demi balançou a cabeça, e se aproximou do mesmo.
 - Não se preocupe, garoto - falou. - Agora come - apontou para a sacola.
 Samuel deu um sorriso e abriu a sacola, encontrando ali o que ele mais precisava no momento. Demi nunca vira alguém comer tanto, mas ela precisava cuidar dele, por isso não reclamava. Adorava aquele garoto, ela sabia.
 - Come com calma, porque senão não vai sobrar nada - riu Demi.
 Samuel riu.
 - Eu não posso deixar nenhuma migalha por causa dos ratos - disse ele, de boca cheia.
 Os olhos de Demi se esbugalharam e um frio na espinha passou por suas costas. Por um momento a expressão da garota passou de feliz para apavorada.
 - Ah não! Aqui tem ratos? - perguntou, engolindo em seco.
 - Não - respondeu Samuel, confuso. - Mas se eu me descuidar.
 Demi riu, murmurando um "caramba" nervosa, e com certo alívio pela declaração de Samuel.
 - Você tem razão - ela suspirou, olhando em volta - Esse lugar é espantoso - ela se virou pra Samuel. - Sabe de uma coisa? Eu prometo que vamos arrumar esse lugar. E também vou trazer algumas coisas pra você se divertir. Você quer?
 Samuel abriu um enorme sorriso.
 - Uma TV! - bravou o garoto.
 Demi balançou a cabeça.
 - Eu não sei se posso trazer uma TV, mas... eu acho que algum brinquedo sim - sorriu. - O mais importante agora é que você fique aqui, porque se alguém te ver, estamos todos fritos. Começando por você - deu um estalo na testa do garoto.
 - Uhum - concordou Samuel, de boca cheia.
 Demi suspirou e olhou em volta, agora com certa expressão de nojo.
 - Que horror - murmurou.
 - Pode trazer um colchão? - perguntou Samuel, terminando de comer.
 Demi o olhou como se fosse louco.
 - Ah, tá bom - ela riu, com sarcarsmo. - Eu acho que não tem nenhum problema se eu trouxer da minha casa pra cá. Acho que ninguém vai ver. Não quer também um elefante de mascote?
 Demi ainda ria com sarcasmo pro garoto, enquanto o mesmo abaixava a cabeça.
 - Eu nunca tive um colchão - sussurrou ele. - O que tinha lá em casa era usado pelo meu irmão. Ele era muito grande.
 Demi parou de rir, olhando com pena pra Samuel. Sabia que o passado dele e a vida que o mesmo vivia não era lá muito boa, na verdade era péssima, mas mesmo assim ela queria ajudá-lo. Se sentia mais do que a "protetora" dele naquele momento, se sentia como uma irmã, talvez uma mãe.
 - Tá, eu já vou - disse ela. - Vê se arruma um pouco essa bagunça, ok? E...
 Ela se interrompeu, parecendo pensar, e se virou novamente para Samuel.
 - Sabe o que é? - ela se virou. - Eu vou chegar tarde. Podem me dar uma bronca, eu não ligo, eu vou ajudar você pra que isso aqui fique mais ou menos apresentável. Por isso, mãos a obra - estendeu a mão pra ele. - Vamos, garoto. Desce daí.
 E ela e Samuel passaram a maior parte do tempo ajeitando toda aquela bagunça, que não era pouca. Coisas abarrotadas, muita sujeira e Demi podia perder Samuel no meio de toda aquela bagunça.

 A aula de ética já iria começar, agora com o novo professor, que ninguém imaginava quem era, nunca nem tinham ouvido falar seu nome. O professor James, que até então havia liderado os alunos nas aulas de ética, estava quase aliviado por estar se livrando daquela turma. Ele e o diretor Ethan estavam caminhando até a sala do diretor, para os últimos reparos.
 - Você mandou os trabalhos para o professor de ética, o professor... - dizia o diretor enquanto se encaminhava.
 - Deixa comigo! - falou James.
 James olhou para trás, apreciando a secretária Sophia. Vai saber se ele sentia alguma coisa por ela.
 - É que eu estou conhecendo os alunos, sabe senhor? - disse James, passando á frente do diretor, abrindo a porta para o mesmo. - O senhor me entende não é, senhor Ethan? Entre, por favor.
 Ethan suspirou e entrou em sua sala.
 - É, mas que sujeito mais estranho - afirmou.
 - Pois é - concordou James.
 - Ele passou os trabalhos antes de começar a trabalhar hoje - o diretor se sentou na cadeira.
 - Senhor, eu não sei - falou James.
 Ethan bufou, aparentemente estava estressado com alguma coisa. Colocou as mãos na cabeça e balançou a mesma, confuso com alguma coisa.
 - Algum problema, senhor Ethan? - perguntou James.
 Ethan levantou a cabeça.
 - Não, não - respondeu, suspirando. - Quero ver o trabalho da aluna Demi Lovato.
 James juntou as sobrancelhas, confuso.
 - Tem algum problema com esse trabalho? - perguntou.
 - Não, não, nenhum - respondeu o diretor, se esticando na cadeira. - Mas como é uma aluna que cria confusão, eu quero acompanhar de perto.
 James mordeu os lábios, perturbado.
 - Quer um cházinho? - perguntou ao diretor.
 Ethan o encarou, fuzilando-o com os olhos.
 - Café? Chocolate? Nada?
 Ethan continuou o encarando e por fim balançou a cabeça, estressado.
 - Não, obrigado.

 Demi terminava de colocar as sacolas de lixo fora do caminhão, enfileirando-as em ordem pra não ficaram espalhadas. A garota já se encontrava com o uniforme sujo de terra, o cabelo preso em um coque desfiado com um tipo de "colete de sacola", a qual ela e Samuel haviam feito. Demi se agachou diante das sacolas, pegando um isqueiro do bolso, o acendendo. Pretendia se livrar daquele lixo, pelo menos não daria problemas depois.
 Só que Demi não imaginava - muito menos ouvia - que um homem se aproximava dela. A passos lentos, ele chegava ás costas de Demi, enquanto a mesma ainda examinava seu isqueiro. Quando Demi iria jogar o fogo já acendido nas sacolas, ela sente uma mão em seu ombro:
 - Não faça isso! - disse ele.
 Em um baque de susto, Demi se levantou, largando o isqueiro de qualquer jeito no chão, que acabou apagando. Demi se virou para o homem em sua frente, ainda assustada.
 - É perigoso - continuou ele, sorrindo. - Tem vento. Se uma fagulha se espalhar, pode botar fogo em tudo.
 Demi ainda respirava fundo pelo susto.
 - Mas... quem é você, hein? - perguntou ela, se afastando lentamente do homem.
 Ele riu.
 - Fica calma, não se assusta - riu. - Eu só estou procurando o Upper East Side. Isso faz parte do colégio? - ele apontou para seu redor.
 Um frio se passou pela espinha de Demi. Aquele cara parecia um professor. Podia ser novo, mas parecia um professor, pela sua maleta.
 - Não - respondeu ela. - E por aqui não tem nenhum colégio.
 - Não pode ser - ele riu. - Tem certeza?
 - Tenho! E quer saber? - ela se agachou novamente, pegando um pedaço de madeira de uma das sacolas. - Você vai sair daqui agora, porque isso aqui é propriedade privada! -  avançou para o homem, ameaçando o meter uma paulada.
 O homem riu, se afastando de Demi com a madeira, achando realmente legal aquilo tudo. Ele sabia que Demi estava mentindo. Não sabia porque, mas sabia que Demi mentia.
 - Calma! - ele se afastou. - Não vai ficar assim, fica fria. Não tem problema.
 Demi bufou, estressada.
 - Vem cá, qual é o problema? - ela rugiu. - Você é surdo? Você não tem entendeu que eu quero que suma daqui? - gritou.
 O homem olhou para Demi, dessa vez soltando um sorriso. Algo em Demi o havia atraído, e olha que nem haviam perguntado o nome um do outro e já haviam começado mal. Adorou o jeito selvagem de Demi. Aqueles olhos o encantaram. Demi não podia negar que também o havia achado um gato, mas ela não iria deixar isso na cara. Já havia tido problemas com professores demais.
 - Já vou, está bem? - ele sorriu, mordendo os lábios.
 Demi perdeu a atenção naqueles lábios por um momento, mas logo voltou a si.
 - Some daqui! - gritou, ameaçando novamente o dar uma paulada.
 Ele se afastou dela novamente, sorrindo.
 - Até mais - ele se despediu, fazendo uma reverência, e deu as costas.

 Selena e Logan estacionaram na escola, novamente. Eles esavam sentados em alguma parte do grande corredor principal, enquanto vários alunos passavam a todo instante. Selena já havia esclarecido o que queria com Logan, e ainda estava estressada pela história do garoto ter entrado em seu quarto.
 - Não, Selena, eu juro pelo meu rolex com diamantes incrustados... e eu acho que tem uma pequena parte de rubis...
 Selena o olhou com nojo. Não gostava de estar com Logan, muito menos de conversar.
 - Que eu juro que ninguém me pediu pra mexer nas suas coisas - continuou ele. - Eu fui sozinho - deu de ombros.
 - Mas porque você foi lá? - perguntou ela.
 Logan riu, se aproximando de Selena.
 - Por razões óbvias - respondeu ele.
 Selena ergueu as sobrancelhas, achando aquilo patético.
 - Olha, Logan - riu. - Eu vou esclarecer uma coisinha, ok? - Logan assentiu, sorrindo. - Quando você quiser me perguntar alguma coisa, PERGUNTE DIETAMENTE!
 Ela se afastou de Logan, bufando.
 - Shh - disse ele. - Tá bom. Então eu... posso te fazer uma pergunta diretamente? - mordeu os lábios.
 - Faz logo - ela revirou os olhos.
 Logan se aproximou de Selena no anco, colando mais ainda seus rostos.
 - Óbvio! - ele riu. - Você gostaria de jantar comigo á luz de velas, tomar um champanhe, lá em cima no meu terraço? - ele sorriu. - O que você me diz?
 Selena ergueu as sobrancelhas, admirada com a coragem do garoto. Ou talvez a burrice, quem sabe.
 - Olha, eu digo que... o sinal está tocando e a gente tem que ir pra sala! - ela deu um sorriso sarcastico e se levantou, seguindo pelo corredor até a sala de aula.
 Logan encarou as costas da garota enquanto a mesma se afastava, que realmente o sinal havia batido. Do nada, Logan começou a rir, e a morder os lábios.
 - Sempre funciona quando eu falo em champanhe - disse a si mesmo, sorrindo.
 Estava apaixonado por Selena, sem dúvidas.

 Na sala de aula, os alunos estavam se professor e estava a maior algazarra no momento. Selena havia chegado e sentado em seu lugar na frente, pegando seu gloss e seu espelho enquanto Madison a olhava com nojo do outro lado da sala. Demi ainda não havia chegado.
 O inspetor/professor James entrou na sala de aula, seguido de um homem. Por coincidência, era o mesmo homem que estava com Demi no matagal a pouco tempo atrás, pela qual quase foi acertado a pauladas. Então ele era realmente professor. (?)
 Madison se virou para Miley, que se sentava em seu lado.
 - Lá vem você de novo - Madison revirou os olhos. - Porque não vai lá e diz pro inspetor?
 - Ah para - disse Miley, voltando sua atenção a seu caderno.
 - Atenção, pessoal! - gritou James. - O almoço já terminou, atenção!
 O silêncio foi se manifestando aos poucos, até todos estarem quietos.
 - Seriedade, por favor - james suspirou. - Quero apresentar o seu novo professor de filosofia e de ética, o doutor John King. - apontou para o professor. - Não é isso?
 - É, isso - concordou John.
 As garotas ficaram loucas. Sim, o professor era um gato, parecia um George Clooney em outra vida, que mesmo velho, ainda assim provocava as garotas por ser bonito. Ele deu um sorrisinho de canto e se virou para a turma.
 - Meninas, calma! - gritou James, ao ver que as meninas começavam a "fofocar".
 - Bom, eu espero que a gente se entenda - continuou John. -, e que gostem dessa matéria. Estão prontos para começar a aula?
 Ele dava sorrisos que encantavam as garotas. Como puderam ter a sorte de ter um professor assim? Mas enquanto todas admiravam o novo professor, Joe e Jacob o olhavam com nojo.
 - Que aula chatinha, hein parceiro? - disse Jacob com Joe.
 Joe riu.
 - Vou ser sincero: temos que ver primeiro como é a aula de filosofia - apontou para John.
 Então, o professor foi até sua mesa. Pegou os trabalhos de ética na mão e se virou para a turma.
 - Eu vou pedir que vocês se apresentem, por favor - pediu. - Um por um. Eu já conheço vocês pelos seus trabalhos, mas quero associar os nomes ás pessoas. E quem quer ser o primeiro?
 - EU! - gritou Selena, se levantando.
 Selena abriu um enorme sorriso enquanto se levantava.
 - Bom, eu sou Selena Gomez, e eu sou a mais popular do...
 Selena foi interrompida pela porta da sala sendo aberta bruscamente por Demi, que em seguida entrou aos tropeços na sala de aula. Todos ficaram em silêncio, olhando aquela cena constrangedora.
 - Porque chegou a essa hora, senhorita Lovato? - perguntou James, fuzilando a garota com os olhos.
 - Sempre isso - murmurou Isabella com sarcasmo.
 Demi suspirou, baixando os olhos.
 - Ér... foi mal. Foi mal, professor - falou ela.
 John a olhou, intrigado.
 - Eu conheço você? - perguntou.
 Só agora que Demi percebeu quem era o novo professor. Na hora ela reconheceu que era o carinha lá do matagal, onde ela quase meteu a pauladas. Mas lembrou também que havia rolado um "clima" entre eles, e seu coração disparou. Mal podia acreditar naquilo.
 - Não - respondeu ela, prontamente. - Não, não. Aliás, eu nunca vi você na minha vida - deu um sorrisinho forçado.
 - Tem certeza? - ele levantou as sobrancelhas. - Porque a sua cara me parece muito familiar.
 O coração de Demi batia mais forte, quando Selena se manifestou:
 - Ah, eu acho que sim, professor, deve ter visto ela em alguma revistinha de fofoca - Selena falou com desprezo. - É, aqui todo mundo sabe que ela é filha de uma vedete super famosa - riu.
 - Selena, Selena! - gritou James, a repreendendo.
 - Mas ela é um ET! - disse Selena, rindo ainda mais.
 - Caladinha e sentadinha você fica mais bonita! - disse James.
 Selena se sentou, ainda rindo. Demi olhou com raiva para a garota, como sempre. O inspetor bufou e se virou para John:
 - Você a conhece? - perguntou, apontando para Demi na porta.
 John olhou novamente pra garota, com o mesmo olhar de antes.
 - Não, não - respondeu. - Eu me enganei. Pode se sentar.
 Demi e John se encararam, de um jeito afetivo.
 - Obrigada - agradecida, foi se sentar no fundo da sala.

 Ethan ás vezes gostava mais de seu laptop do que seu próprio emprego ou sua família. Ou até mesmo seu próprio carro novo. Estava resolvendo seus problemas nele, como sempre, até que a porta de sua sala é arrombada por Sophia, que entrava desesperada pela mesma, respirando abafado.
 - O doutor Walker está vindo pra cá! - disse ela.
 - Não me diga!
 Ethan se levantou, correndo até a porta com Sophia. A presença de walker naquela escola era quase nítida. Mal se passaram 2 segundos e Alexander Walker adentrava na sala, seguido pelos seus "gorilas" atrás.
 - Oh, doutor Walker - sorriu Ethan. - Que prazer em vê-lo - estendeu a mão, que Alex apertou. - O que o traz por aqui?
 Alexander o encarou.
 - É isso que você tem pra me dizer? - perguntou, frio.
 Ethan juntou as sobrabcelhas, confuso.
 - Perdão - falou. -, do que está falando?
 - Do meu filho - ele respondeu. - Ele deixou um recado. O que houve agora?

Continua.

Um comentário:

  1. Amei a Historia, estou esperando a continuação.

    http://camiroficial.blogspot.com.br/
    Divulgaa???
    por favorr.
    Beijinhos Flor'

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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Depois da Chuva - 81

 Dessa vez ao invés de lembrar as falhas, eu pensei no sorriso e no jeito que ela me olhava com o canto dos olhos. Recordei aquela sensação de arrepio quando ela segurava no meu braço, e como eu amava o jeito que ela arrumava o cabelo. Só isso já foi o suficiente pra eu querer retirar o pedido que fiz, de que ela sumisse para sempre da minha memória. — Sean Wilhelm.


  Jacob não escondeu por muito tempo seu plano que havia metido a Chloe. A garota conseguiu descobrir e muito rápido, digamos. Conseguira domar Jacob.
 - Deixa eu ver se eu entendi - disse ela, ainda confusa. - você quer que eu finja que estamos ficando na frente dos seus amigos, é isso?
 - Exatamente! - concordou Jacob. - Vai me ajudar?
 Chloe mordeu os lábios.
 - Tá, mas antes eu quero saber de uma coisa - pediu.
 - Claro, o que você quiser.
 - Porque você quer fazer isso? - ela deu um breve riso.
 Jacob bufou.
 - Pior que isso eu não posso te falar, isso é um lance meu - respondeu.
 Chloe levantou as sobrancelhas.
 - Então não tem trato - deu as costas.
 - Chloe! - puxou a garota. - Tudo bem, tudo bem. Eu gosto de uma garota e ninguém sabe quem é. Obviamente eu não vou te falar o nome dela - balançou a cabeça. - Vai me ajudar?
 Chloe riu.
 - Ei, isso é divertido!
 - Pois é - estendeu a mão. - Vai me ajudar?
 Chloe sorriu, apertando a mão do garoto.
 - Fechado!
 - Então fechado - ele sorriu. - Agora te devo uma.
 - É claro - ela sorriu.

 Demi foi até onde o lugar que Samuel havia lhe mostrado noite passada, que pelo jeito era horrível, vocês nem imaginam. Ficava bem afastado do colégio, no matagal, dentro de um caminhão velho. Pelo menos Samuel estava vivendo bem ali, naquela traseira. Pegou a sacola de comida pra ele e foi. Seu uniforme iria sofrer a cada dia que eu fizesse isso na semana. Abriu a grande porta daquela traseira e entrou, se deparando com a mesma sujeira da noite passada. Não gostava que Samuel ficasse ali, mas era o único jeito.
 - Ei! - gritou. - Sou eu!
 Olhou para os lados e não viu ele.
 - Samuel! Samuel! SAMUEL!
 Onde ele havia se metido? Por fim, bufou.
 - Eu trouxe comida.
 - Que bom!
 O garoto saiu de trás de várias tábuas que haviam no caminhão. Deixou um sorriso escapar de meu rosto involuntariamente. Adorava vê-lo, isso era verdade. Sorriu e deu a sacola em suas mãos.
 - O que aconteceu com você? - ela perguntou enquanto ele se sentava.
 Samuel suspirou, baixando a cabeça.
 - É que... eu estava com medo - respondeu.
 Demi balançou a cabeça, e se aproximou do mesmo.
 - Não se preocupe, garoto - falou. - Agora come - apontou para a sacola.
 Samuel deu um sorriso e abriu a sacola, encontrando ali o que ele mais precisava no momento. Demi nunca vira alguém comer tanto, mas ela precisava cuidar dele, por isso não reclamava. Adorava aquele garoto, ela sabia.
 - Come com calma, porque senão não vai sobrar nada - riu Demi.
 Samuel riu.
 - Eu não posso deixar nenhuma migalha por causa dos ratos - disse ele, de boca cheia.
 Os olhos de Demi se esbugalharam e um frio na espinha passou por suas costas. Por um momento a expressão da garota passou de feliz para apavorada.
 - Ah não! Aqui tem ratos? - perguntou, engolindo em seco.
 - Não - respondeu Samuel, confuso. - Mas se eu me descuidar.
 Demi riu, murmurando um "caramba" nervosa, e com certo alívio pela declaração de Samuel.
 - Você tem razão - ela suspirou, olhando em volta - Esse lugar é espantoso - ela se virou pra Samuel. - Sabe de uma coisa? Eu prometo que vamos arrumar esse lugar. E também vou trazer algumas coisas pra você se divertir. Você quer?
 Samuel abriu um enorme sorriso.
 - Uma TV! - bravou o garoto.
 Demi balançou a cabeça.
 - Eu não sei se posso trazer uma TV, mas... eu acho que algum brinquedo sim - sorriu. - O mais importante agora é que você fique aqui, porque se alguém te ver, estamos todos fritos. Começando por você - deu um estalo na testa do garoto.
 - Uhum - concordou Samuel, de boca cheia.
 Demi suspirou e olhou em volta, agora com certa expressão de nojo.
 - Que horror - murmurou.
 - Pode trazer um colchão? - perguntou Samuel, terminando de comer.
 Demi o olhou como se fosse louco.
 - Ah, tá bom - ela riu, com sarcarsmo. - Eu acho que não tem nenhum problema se eu trouxer da minha casa pra cá. Acho que ninguém vai ver. Não quer também um elefante de mascote?
 Demi ainda ria com sarcasmo pro garoto, enquanto o mesmo abaixava a cabeça.
 - Eu nunca tive um colchão - sussurrou ele. - O que tinha lá em casa era usado pelo meu irmão. Ele era muito grande.
 Demi parou de rir, olhando com pena pra Samuel. Sabia que o passado dele e a vida que o mesmo vivia não era lá muito boa, na verdade era péssima, mas mesmo assim ela queria ajudá-lo. Se sentia mais do que a "protetora" dele naquele momento, se sentia como uma irmã, talvez uma mãe.
 - Tá, eu já vou - disse ela. - Vê se arruma um pouco essa bagunça, ok? E...
 Ela se interrompeu, parecendo pensar, e se virou novamente para Samuel.
 - Sabe o que é? - ela se virou. - Eu vou chegar tarde. Podem me dar uma bronca, eu não ligo, eu vou ajudar você pra que isso aqui fique mais ou menos apresentável. Por isso, mãos a obra - estendeu a mão pra ele. - Vamos, garoto. Desce daí.
 E ela e Samuel passaram a maior parte do tempo ajeitando toda aquela bagunça, que não era pouca. Coisas abarrotadas, muita sujeira e Demi podia perder Samuel no meio de toda aquela bagunça.

 A aula de ética já iria começar, agora com o novo professor, que ninguém imaginava quem era, nunca nem tinham ouvido falar seu nome. O professor James, que até então havia liderado os alunos nas aulas de ética, estava quase aliviado por estar se livrando daquela turma. Ele e o diretor Ethan estavam caminhando até a sala do diretor, para os últimos reparos.
 - Você mandou os trabalhos para o professor de ética, o professor... - dizia o diretor enquanto se encaminhava.
 - Deixa comigo! - falou James.
 James olhou para trás, apreciando a secretária Sophia. Vai saber se ele sentia alguma coisa por ela.
 - É que eu estou conhecendo os alunos, sabe senhor? - disse James, passando á frente do diretor, abrindo a porta para o mesmo. - O senhor me entende não é, senhor Ethan? Entre, por favor.
 Ethan suspirou e entrou em sua sala.
 - É, mas que sujeito mais estranho - afirmou.
 - Pois é - concordou James.
 - Ele passou os trabalhos antes de começar a trabalhar hoje - o diretor se sentou na cadeira.
 - Senhor, eu não sei - falou James.
 Ethan bufou, aparentemente estava estressado com alguma coisa. Colocou as mãos na cabeça e balançou a mesma, confuso com alguma coisa.
 - Algum problema, senhor Ethan? - perguntou James.
 Ethan levantou a cabeça.
 - Não, não - respondeu, suspirando. - Quero ver o trabalho da aluna Demi Lovato.
 James juntou as sobrancelhas, confuso.
 - Tem algum problema com esse trabalho? - perguntou.
 - Não, não, nenhum - respondeu o diretor, se esticando na cadeira. - Mas como é uma aluna que cria confusão, eu quero acompanhar de perto.
 James mordeu os lábios, perturbado.
 - Quer um cházinho? - perguntou ao diretor.
 Ethan o encarou, fuzilando-o com os olhos.
 - Café? Chocolate? Nada?
 Ethan continuou o encarando e por fim balançou a cabeça, estressado.
 - Não, obrigado.

 Demi terminava de colocar as sacolas de lixo fora do caminhão, enfileirando-as em ordem pra não ficaram espalhadas. A garota já se encontrava com o uniforme sujo de terra, o cabelo preso em um coque desfiado com um tipo de "colete de sacola", a qual ela e Samuel haviam feito. Demi se agachou diante das sacolas, pegando um isqueiro do bolso, o acendendo. Pretendia se livrar daquele lixo, pelo menos não daria problemas depois.
 Só que Demi não imaginava - muito menos ouvia - que um homem se aproximava dela. A passos lentos, ele chegava ás costas de Demi, enquanto a mesma ainda examinava seu isqueiro. Quando Demi iria jogar o fogo já acendido nas sacolas, ela sente uma mão em seu ombro:
 - Não faça isso! - disse ele.
 Em um baque de susto, Demi se levantou, largando o isqueiro de qualquer jeito no chão, que acabou apagando. Demi se virou para o homem em sua frente, ainda assustada.
 - É perigoso - continuou ele, sorrindo. - Tem vento. Se uma fagulha se espalhar, pode botar fogo em tudo.
 Demi ainda respirava fundo pelo susto.
 - Mas... quem é você, hein? - perguntou ela, se afastando lentamente do homem.
 Ele riu.
 - Fica calma, não se assusta - riu. - Eu só estou procurando o Upper East Side. Isso faz parte do colégio? - ele apontou para seu redor.
 Um frio se passou pela espinha de Demi. Aquele cara parecia um professor. Podia ser novo, mas parecia um professor, pela sua maleta.
 - Não - respondeu ela. - E por aqui não tem nenhum colégio.
 - Não pode ser - ele riu. - Tem certeza?
 - Tenho! E quer saber? - ela se agachou novamente, pegando um pedaço de madeira de uma das sacolas. - Você vai sair daqui agora, porque isso aqui é propriedade privada! -  avançou para o homem, ameaçando o meter uma paulada.
 O homem riu, se afastando de Demi com a madeira, achando realmente legal aquilo tudo. Ele sabia que Demi estava mentindo. Não sabia porque, mas sabia que Demi mentia.
 - Calma! - ele se afastou. - Não vai ficar assim, fica fria. Não tem problema.
 Demi bufou, estressada.
 - Vem cá, qual é o problema? - ela rugiu. - Você é surdo? Você não tem entendeu que eu quero que suma daqui? - gritou.
 O homem olhou para Demi, dessa vez soltando um sorriso. Algo em Demi o havia atraído, e olha que nem haviam perguntado o nome um do outro e já haviam começado mal. Adorou o jeito selvagem de Demi. Aqueles olhos o encantaram. Demi não podia negar que também o havia achado um gato, mas ela não iria deixar isso na cara. Já havia tido problemas com professores demais.
 - Já vou, está bem? - ele sorriu, mordendo os lábios.
 Demi perdeu a atenção naqueles lábios por um momento, mas logo voltou a si.
 - Some daqui! - gritou, ameaçando novamente o dar uma paulada.
 Ele se afastou dela novamente, sorrindo.
 - Até mais - ele se despediu, fazendo uma reverência, e deu as costas.

 Selena e Logan estacionaram na escola, novamente. Eles esavam sentados em alguma parte do grande corredor principal, enquanto vários alunos passavam a todo instante. Selena já havia esclarecido o que queria com Logan, e ainda estava estressada pela história do garoto ter entrado em seu quarto.
 - Não, Selena, eu juro pelo meu rolex com diamantes incrustados... e eu acho que tem uma pequena parte de rubis...
 Selena o olhou com nojo. Não gostava de estar com Logan, muito menos de conversar.
 - Que eu juro que ninguém me pediu pra mexer nas suas coisas - continuou ele. - Eu fui sozinho - deu de ombros.
 - Mas porque você foi lá? - perguntou ela.
 Logan riu, se aproximando de Selena.
 - Por razões óbvias - respondeu ele.
 Selena ergueu as sobrancelhas, achando aquilo patético.
 - Olha, Logan - riu. - Eu vou esclarecer uma coisinha, ok? - Logan assentiu, sorrindo. - Quando você quiser me perguntar alguma coisa, PERGUNTE DIETAMENTE!
 Ela se afastou de Logan, bufando.
 - Shh - disse ele. - Tá bom. Então eu... posso te fazer uma pergunta diretamente? - mordeu os lábios.
 - Faz logo - ela revirou os olhos.
 Logan se aproximou de Selena no anco, colando mais ainda seus rostos.
 - Óbvio! - ele riu. - Você gostaria de jantar comigo á luz de velas, tomar um champanhe, lá em cima no meu terraço? - ele sorriu. - O que você me diz?
 Selena ergueu as sobrancelhas, admirada com a coragem do garoto. Ou talvez a burrice, quem sabe.
 - Olha, eu digo que... o sinal está tocando e a gente tem que ir pra sala! - ela deu um sorriso sarcastico e se levantou, seguindo pelo corredor até a sala de aula.
 Logan encarou as costas da garota enquanto a mesma se afastava, que realmente o sinal havia batido. Do nada, Logan começou a rir, e a morder os lábios.
 - Sempre funciona quando eu falo em champanhe - disse a si mesmo, sorrindo.
 Estava apaixonado por Selena, sem dúvidas.

 Na sala de aula, os alunos estavam se professor e estava a maior algazarra no momento. Selena havia chegado e sentado em seu lugar na frente, pegando seu gloss e seu espelho enquanto Madison a olhava com nojo do outro lado da sala. Demi ainda não havia chegado.
 O inspetor/professor James entrou na sala de aula, seguido de um homem. Por coincidência, era o mesmo homem que estava com Demi no matagal a pouco tempo atrás, pela qual quase foi acertado a pauladas. Então ele era realmente professor. (?)
 Madison se virou para Miley, que se sentava em seu lado.
 - Lá vem você de novo - Madison revirou os olhos. - Porque não vai lá e diz pro inspetor?
 - Ah para - disse Miley, voltando sua atenção a seu caderno.
 - Atenção, pessoal! - gritou James. - O almoço já terminou, atenção!
 O silêncio foi se manifestando aos poucos, até todos estarem quietos.
 - Seriedade, por favor - james suspirou. - Quero apresentar o seu novo professor de filosofia e de ética, o doutor John King. - apontou para o professor. - Não é isso?
 - É, isso - concordou John.
 As garotas ficaram loucas. Sim, o professor era um gato, parecia um George Clooney em outra vida, que mesmo velho, ainda assim provocava as garotas por ser bonito. Ele deu um sorrisinho de canto e se virou para a turma.
 - Meninas, calma! - gritou James, ao ver que as meninas começavam a "fofocar".
 - Bom, eu espero que a gente se entenda - continuou John. -, e que gostem dessa matéria. Estão prontos para começar a aula?
 Ele dava sorrisos que encantavam as garotas. Como puderam ter a sorte de ter um professor assim? Mas enquanto todas admiravam o novo professor, Joe e Jacob o olhavam com nojo.
 - Que aula chatinha, hein parceiro? - disse Jacob com Joe.
 Joe riu.
 - Vou ser sincero: temos que ver primeiro como é a aula de filosofia - apontou para John.
 Então, o professor foi até sua mesa. Pegou os trabalhos de ética na mão e se virou para a turma.
 - Eu vou pedir que vocês se apresentem, por favor - pediu. - Um por um. Eu já conheço vocês pelos seus trabalhos, mas quero associar os nomes ás pessoas. E quem quer ser o primeiro?
 - EU! - gritou Selena, se levantando.
 Selena abriu um enorme sorriso enquanto se levantava.
 - Bom, eu sou Selena Gomez, e eu sou a mais popular do...
 Selena foi interrompida pela porta da sala sendo aberta bruscamente por Demi, que em seguida entrou aos tropeços na sala de aula. Todos ficaram em silêncio, olhando aquela cena constrangedora.
 - Porque chegou a essa hora, senhorita Lovato? - perguntou James, fuzilando a garota com os olhos.
 - Sempre isso - murmurou Isabella com sarcasmo.
 Demi suspirou, baixando os olhos.
 - Ér... foi mal. Foi mal, professor - falou ela.
 John a olhou, intrigado.
 - Eu conheço você? - perguntou.
 Só agora que Demi percebeu quem era o novo professor. Na hora ela reconheceu que era o carinha lá do matagal, onde ela quase meteu a pauladas. Mas lembrou também que havia rolado um "clima" entre eles, e seu coração disparou. Mal podia acreditar naquilo.
 - Não - respondeu ela, prontamente. - Não, não. Aliás, eu nunca vi você na minha vida - deu um sorrisinho forçado.
 - Tem certeza? - ele levantou as sobrancelhas. - Porque a sua cara me parece muito familiar.
 O coração de Demi batia mais forte, quando Selena se manifestou:
 - Ah, eu acho que sim, professor, deve ter visto ela em alguma revistinha de fofoca - Selena falou com desprezo. - É, aqui todo mundo sabe que ela é filha de uma vedete super famosa - riu.
 - Selena, Selena! - gritou James, a repreendendo.
 - Mas ela é um ET! - disse Selena, rindo ainda mais.
 - Caladinha e sentadinha você fica mais bonita! - disse James.
 Selena se sentou, ainda rindo. Demi olhou com raiva para a garota, como sempre. O inspetor bufou e se virou para John:
 - Você a conhece? - perguntou, apontando para Demi na porta.
 John olhou novamente pra garota, com o mesmo olhar de antes.
 - Não, não - respondeu. - Eu me enganei. Pode se sentar.
 Demi e John se encararam, de um jeito afetivo.
 - Obrigada - agradecida, foi se sentar no fundo da sala.

 Ethan ás vezes gostava mais de seu laptop do que seu próprio emprego ou sua família. Ou até mesmo seu próprio carro novo. Estava resolvendo seus problemas nele, como sempre, até que a porta de sua sala é arrombada por Sophia, que entrava desesperada pela mesma, respirando abafado.
 - O doutor Walker está vindo pra cá! - disse ela.
 - Não me diga!
 Ethan se levantou, correndo até a porta com Sophia. A presença de walker naquela escola era quase nítida. Mal se passaram 2 segundos e Alexander Walker adentrava na sala, seguido pelos seus "gorilas" atrás.
 - Oh, doutor Walker - sorriu Ethan. - Que prazer em vê-lo - estendeu a mão, que Alex apertou. - O que o traz por aqui?
 Alexander o encarou.
 - É isso que você tem pra me dizer? - perguntou, frio.
 Ethan juntou as sobrabcelhas, confuso.
 - Perdão - falou. -, do que está falando?
 - Do meu filho - ele respondeu. - Ele deixou um recado. O que houve agora?

Continua.

Um comentário:

  1. Amei a Historia, estou esperando a continuação.

    http://camiroficial.blogspot.com.br/
    Divulgaa???
    por favorr.
    Beijinhos Flor'

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